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quinta-feira, 17 de março de 2011

Oblivio - Crónicas de Allaryia

Título: Oblívio - Crónicas de Allaryia VII
Autor: Filipe Faria
Edição: Ed. Presença
Colecção: Via Láctea
Nº de páginas: 603


"Tomados pelo desânimo, os companheiros desta aventura enfrentam agora o seu maior desafio e o Oblívio ameaça a própria existência, da mesma forma que parece ser a sua única salvação. Na mais negra hora de Allaryia, a Sombra ergue-se triunfante, mas nem tudo o que parece é, e ainda falta a´O Flagelo jogar a sua última cartada... Por fim, o tão aguardado sétimo e último volume das Crónicas de Allaryia, o final da épica saga que cativou milhares de leitores e que assinala um marco no fantástico português."
Rendi-me às Crónicas de Allaryia já há uns anos, aquando do lançamento do primeiro volume e se os dois últimos livros tinham deixado um certo desapontamento, este capitulo final veio, de certa forma, tratar da remissão do autor a este nível. Oblívio reaproxima-se da essência inicial das Crónicas, levando-nos a querer ler página atrás de página em busca de respostas e cativando-nos como só os primeiros volumes foram capazes. Vou tentar dar a minha opinião numa perspectiva mais analítica e não fazer spoilers (não quero estragar as leituras de ninguém).
Uma das "novidades" que á para mim um ponto positivo prende-se com o facto de, desta vez, a narrativa não se centrar num personagem em concreto. Se os primeiros volumes giraram em torno de Aewyre e os últimos em Quenestil, neste livro temos a narrativa melhor distribuída entre os vários companheiros, dando ao leitor uma dimensão mais ampla da estória, das dificuldades e peripécias ultrapassadas por cada um e dos sentimentos de cada personagem. Nesta nova focagem a nível narrativo, o autor não esquece Kror e o seu sentido de vingança, e Seltor.
Na verdade, este foi um dos pontos que mais interesse despertou em mim. Em muitos momentos a narrativa foca-se em Seltor, nos seus pensamentos e ambições, nos seus planos e desejos e... foi toda uma surpresa. A personagem cresce aos nossos olhos, ganhando uma nova dimensão e mostrando-nos que, se calhar, as coisas não são como nos pareciam no início - talvez Seltor não seja aquele ser maléfico e destrutivo que conhecemos durante toda a saga. Esta nova abordagem ao anti-herói e as revelações que nos são feitas despertam no leitor sentimentos contraditórios e uma curiosidade imensa.
Ainda assim, não há para mim personagem que chegue aos calcanhares do pequeno Taislin que, com o seu bom humor caracteristico, nunca deixa os companheiros desanimar, imprimindo-lhes esperança e alegria até nas horas mais negras.
Contudo, se a nível do núcleo central de personagens o desenrolar da estória satisfaz, o mesmo já não se pode afirmar quando nos referimos aos personagens secundários. Muitos destes desaparecem totalmente sem que nos seja explicado o que de facto lhes aconteceu, outros fazem aparições estranhas e de pouca monta que pouco ou nada contribuem para a trama. Em minha opinião, havia a este nível matéria para explorar. Perde-se aqui mas ganha-se nas descrições das paisagens e locais por onde os companheiros vão passando. Adorei conhecer a Noite Ínfera e os Fiordes ganham muito mais cor e interesse com o despertar das Vagas de Fogo que levam o seu povo a sair da letargia.
No que respeita à escrita propriamente dita, continuamos com uma linguagem muito cuidada, com algum humor e, sobretudo, com descrições muito boas e ricamente detalhadas tanto ao nível da geografia como da acção. Ainda assim, devo dizer que a descrição da última batalha me pareceu demasiado longa. Arrasta-se por demasiadas páginas e se há momentos em que quase entramos no livro e nos vemos no meio de toda aquela confusão, também há alturas em que damos por nós a perguntar quando acabará tudo aquilo. Suponho que o mal possa ser meu, os leitores que gostarem muito de ver este lado mais bélico descrito ao pormenor com certeza vão discordar de mim.
Por último, aquilo que todos querem saber... o fim.
Foi um final satisfatório na medida do possível. Satisfaz mas podia ser melhor, ou talvez, mais definitivo. Sim, penso que talvez este seja mesmo o problema, é pouco definitivo. É algo entre o "viveram felizes" e o "ainda não foi desta que isto acabou"; ou seja, parece que vai ser um final típico em que tudo acaba bem mas o leitor fica ainda assim com algumas questões sem resposta e, como se não bastasse, no último parágrafo juntam-se todas as nossas dúvidas e surge uma esperança de resposta futura podendo o leitor prever novas aventuras em Allaryia.
Em resumo: Gostei muito, gostei quase tanto como dos primeiros volumes destas Crónicas. Adorei o novo rumo que o autor conseguiu dar a alguns temas e personagens e o final não desagradou por completo. Ainda assim, fica muito por saber...
7,5/10

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Vencedor do passatempo "Oblívio"

Antes de anunciar o vencedor quero agradecer mais uma vez à Presença o facto de podermos fazer este passatempo. Agradeço também a todos os que, realmente, leram o material e responderam às questões.
Devo dizer que, com este passatempo mais do que com qualquer outro, me custa não poder dar um livro a cada um dos que responderam acertadamente às questões. Juro que se me tivesse saído o euromilhões (não era preciso o primeiro prémio) comprava um exemplar para vos oferecer (e não digo mais sobre o assunto, já todos sabem o porquê deste sentimento).
Seguem-se as perguntas colocadas e as respostas pretendidas:
1 - No 1º volume, "A Manopla de Karasthan", reune-se numa demanda uma estranha mistura de seres que virão a ser os heróis destas Crónicas. Quem são e quais os seus nomes?
Princípe Aewyre Thoryn, Allumno, um mago, Lhiannah, a bela princesa arinnir, Worick, um thuragar, Quenestil, um eahan, Babaki, um antroleo, Taislin, um burrik e Slayra, uma eahanna negra.

2 - Como se chama a Espada dos Reis?
Ancalach

3 - Em "Os Filhos do Flagelo" a "irmandade" divide-se. Qual a busca levada a cabo por cada um dos grupos?
Quenestil e Babaki partiram em busca de Slayra e dos seus captores e o resto do grupo segue para as inóspitas estepes de Karatai em perseguição de Kror.

4 - Quantos dias tardam Quenestil e Babaki a chegar ao seus destino?
Oito dias
5 - Que pretende descobris Aewrye em Asmodeon?
O que realmente aconteceu a Aezrel Thoryn.

6 - Por quem é atacado Daevin?
Por drahergs.

7 - Que mortes deixam Allarya "à beira de uma espiral de desordem e destruição"?
As mortes dos deuses.

8 - Qual foi a última coisa que Bartilio viu?
Um escarpim munido de espetos vir contra a sua cara.

9 - Como se chama o Aesh'alan que desempenha as funções de Juízo do Flagelo?
Nishekan
E o vencedor é:
Vitor Frazão, São Martinho do Porto

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Passatempo "Oblívio" - Crónicas de Allaryia

Editado hoje, 15 de Fevereiro, "Oblívio" é o capítulo conclusivo das Crónicas de Allaryia de Filipe Faria. Em parceria com a Presença, a Sombra dos Livros tem para vos oferecer um exemplar deste livro.

Para se habilitarem a ganhá-lo apenas têm que responder correctamente a todas as perguntas colocadas e enviá-las por e-mail para a nossa caixa de correio (passatempos.sombradoslivros@gmail.com) até às 23h:59m de dia 20 de Fevereiro.

As perguntas podem não parecer fáceis mas são. Todas as respostas estão disponíveis nas sinopses ou nos excertos das obras disponibilizados pela editora. Podem procurar todas as respostas aqui.
1 - No 1º volume, "A Manopla de Karasthan", reune-se numa demanda uma estranha mistura de seres que virão a ser os heróis destas Crónicas. Quem são e quais os seus nomes?
2 - Como se chama a Espada dos Reis?
3 - Em "Os Filhos do Flagelo" a "irmandade" divide-se. Qual a busca levada a cabo por cada um dos grupos?
4 - Quantos dias tardam Quenestil e Babaki a chegar ao seus destino?
5 - Que pretende descobris Aewrye em Asmodeon?
6 - Por quem é atacado Daevin?
7 - Que mortes deixam Allaryia "à beira de uma espiral de desordem e destruição"?
8 - Qual foi a última coisa que Bartilio viu?
9 - Como se chama o Aesh'alan que desempenha as funções de Juízo do Flagelo?
Agora... toca a pesquisar e boa sorte a todos!!
Regras:
As respostas devem ser enviadas até às 23h:59m de dia 20 de Fevereiro para passatempos.sombradoslivros@gmail.com.
Todas as participações devem ser acompanhadas do nome e morada do participante.
Só será aceite uma participação por morada e por e-mail.
Só se aceitam participações de residentes em Portugal.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Crónicas de Allarya - Oblívio


Como já tinha comunicado durante esta semana ao nossos seguidores no facebook, está mesmo confirmada a publicação de "Oblívio" o último volume das Crónicas de Allarya de Filipe Faria. A edição está a cargo da Presença, integrada na colecção Via Láctea, e tem data prevista já para o dia 15 de Fevereiro. Ao que tudo indica, vamos ter direito à edição normal e a uma Edição de Luxo...
"A Manopla de Karasthan juntou-os.
Os Filhos do Flagelo uniram-nos.
As Marés Negras marcaram-nos.
A Essência da Lâmina separou-os.
As Vagas de Fogo deram-lhes esperança.
O Fado da Sombra destruiu-a.

Descorçoados, os companheiros enfrentam agora o seu maior desafio e o Oblívio ameaça a própria existência, da mesma forma que parece ser a sua única salvação. Na mais negra hora de Allaryia, a Sombra ergue-se triunfante, mas nem tudo o que parece o é, e ainda falta a’O Flagelo jogar a sua última cartada…"
Já não temos que esperar muito para conhecer o destino destes inusitados heróis.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

ATENÇÃO: O Fantástico chega a Guimarães!!


A Presença leva a Guimarães os autores Filipe Faria e Sandra Carvalho para uma sessão de autografos no próximo domingo. Para conhecerem melhor estes autores e conseguirem a assinatura basta dirigirem-se pelas 15h à livraria Bookie no Shopping Espaço de Guimarães. Só tenho pena que Guimarães me fique tão longe... Quem puder, aproveite a oportunidade.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

O Fado da Sombra

Título: O Fado da Sombra
Autor: Filipe Faria
Editora: Ed. Presença
Nº de páginas: 530
"Os deuses estão mortos, e a sua queda deixa Allaryia à beira de uma espiral de desordem e destruição. As sementes dos planos d´O Flagelo germinam em segredo, e Aewyre Thoryn e os seus companheiros são os únicos que estão cientes da insidiosa ameaça, bem como os únicos em condições de a combater. Dá-se então início a uma desesperada corrida contra o tempo, enquanto servos renegados de Seltor conspiram para levarem a cabo a queda de Ul-Thoryn. Uma ameaça de tempos imemoriais acerca-se entretanto da Pérola do Sul, ameaçando cortar pela raiz a resistência contra O Flagelo. Este é ponto de viragem da Oitava Era, após o qual nada será como dantes em Allaryia."
Quando visitei a Feira do Livro de Lisboa e vi à venda o mais recente título das Crónicas de Allaryia não consegui resistir, tinha que aproveitar a oportunidade... Para os que não conhecem as Crónicas de Allaryia são constituídas, até ao momento, por seis volumes da autoria do jovem Filipe Faria. Relatam-nos as aventuras de Aewyre Thoryn que percorre Allaryia numa tentativa de conhecer o destino final do seu pai e que, embora não o querendo, se vê envolvido numa luta sem idade contra as forças obscuras d'O Flagelo e numa não menos antiga luta pela Essência da Lâmina. Quando comecei a ler estas Crónicas, já lá vão uns aninhos (poucos) fiquei agradavelmente surpreendida pela escrita simples do autor, pelo humor que incute em alguns personagens e sobretudo pelo universo criado por este jovem - Allaryia é um território formado por vários países e zonas às quais não podemos dar uma designação certa no qual encontramos seres de inúmeras raças criadas pelo autor, todas elas com características físicas e comportamentais distintas e com línguas próprias. Enfim, um jovem português criou, um pouco à semelhança de Tolkien, todo um universo, línguas e raças, fronteiras, disputas e uma demanda. Fiquei presa a Allaryia...
Contudo, após a leitura das primeiras páginas logo percebi que a leitura deste volume não ia ser tão prazerosa como a dos volumes anteriores, ainda assim insisti e posso dizer que não tenho memória da última vez que um livro me custou tanto a ler. Ao longo da saga torna-se visível a evolução do autor e da sua escrita que se vai tornando cada vez mais complexa mas neste volume essa evolução não é um ponto positivo uma vez que se traduz numa escrita pouco simples (rebuscada demais para um livro do género, arrisco-me a afirmar) e num vocabulário excessivamente complexo que por vezes me fez considerar a consulta de um dicionário (embora tenha conseguido passar sem ela). Denota-se a escolha propositada de palavras pouco usuais, muitas vezes até desconhecidas da maior parte do público e uma preocupação cada vez maior com a descrição de algumas situações em que tal me parece desnecessário (gastar 16 páginas na descrição de um duelo entre dois personagens não me caiu muito bem...). Por outro lado, e em relação à trama tive a sensação de que o autor andou um pouco a "encher chouriços" uma vez que só mesmo no final vemos alguma acção mais inesperada e alguma evolução, embora ténue, no verdadeiro desenrolar da história. Ou seja, grande parte do livro é preenchido com descrições que de tão longas e pormenorizadas se tornam aborrecidas, por um vocabulário que chega a irritar o leitor (de tão rebuscado) e a história em si fica praticamente parada.
Embora no final me tivesse conseguido captar a atenção, recomendo este livro apenas a quem já conhece a saga e não quer deixar de conhecer todos os passos dos diferentes personagens e o desfecho da história (que espero venha a acontecer no próximo volume).
4/10