
Autor: Gemma Malley
Tradução: João Martins
Edição: Editorial Presença
Nº de páginas: 287
Illusya - O Reino Encantado
Bruno MatosMargarida não era feliz. Tudo o que desejava era fechar os olhos e acordar longe de casa e da sua família. E um dia o seu desejo realizou-se... Uma caixa negra com sete misteriosas canetas chegou-lhe às mãos. Canetas reclamadas por um velho ameaçador e uma pequena criatura alada. Canetas com o poder de desenhar e abrir portas para outro mundo. Levando os seus amigos consigo, Margarida prepara-separa a maior aventura da sua vida. O que ela não podia prever é que em vez de uma viagem à aventura, irá encontraruma corrida pela sobrevivência! O excerto desta obra, disponibilizado pela SdE, encontra-se aqui.
Uma biblioteca de fantasia sem livros de Robert E. Howard é como uma biblioteca de poesia sem Luís de Camões, ou uma biblioteca de banda desenhada sem Astérix. Robert E. Howard é um dos pilares da fantasia. Criou sozinho um dos seus sub-géneros mais emblemáticos: a Sword and Sorcery: monstros para enfrentar, magia para temer, mulheres deslumbrantes e heróis corajosos. Nos EUA a personagem Conan está a recuperar o seu lugar no imaginário dos leitores. Todos os livros estão a ser reeditados, jogos de computador e consola a serem lançados e, em 2010, chega um blockbuster ao cinema.
Todas as obras se encontram já disponíveis para compra no site da editora.
Talvez esta não seja a opinião da maioria dos leitores mas devo confessar que, apesar de muito me ter agradado este segundo e último volume da duologia Efémera, Sebastian está muito melhor conseguido. Isto porque tive a perfeita sensação de que no primeiro volume a autora consegue criar e manter de forma mais eficaz o clima de mistério que nos mantém agarrados ao livro. Ainda assim, esta nova incursão a Efémera não desilude e o desenlace da narrativa deixa o leitor satisfeito.
Os personagens do volume anterior estão lá todos, bem como as paisagens que tão bem ficámos a conhecer e pelas quais se continua a travar uma intensa luta. As surpresas são dois novos personagens que vão despertar sentimentos e desejos que Glorianna mantinha escondidos no mais íntimo recanto do seu ser. Mais uma vez somos levados a analisar as consequências que podem advir de julgamentos feitos com base em preconceitos num desconhecimento de um todo que pode bem não ser aquilo que parece numa primeira análise. A autora consegue ainda confrontar-nos, numa parte final da narrativa, não só com o poder de lutarmos pelo que realmente desejamos mas com o facto de que até o mais obscuro dos seres pode ser assolado por sentimentos como o medo, a tristeza e até, quem sabe, pelo remorso.
Mais uma vez a tradução está muito boa, ou não fosse esse uma constante e um dos pontos positivos que marcam as edições da SdE, e sem nada a apontar. O livro apenas peca pela já referida quebra no ritmo em alguns momentos pelo que recomendo a todos quantos leram Sebastian.
7/108/10
"A escolha eminente entre ingressar num mundo tenebroso mas sedutor dos imortais, ou prosseguir uma existência inteiramente humana é o fio do qual se suspendem os destinos dos dois clãs. Agora que Bella já tomou uma decisão, uma cadeia perturbante de acontecimentos sem precedentes está prestes a desenrolar-se, antevendo efeitos potencialmente devastadores e incomensuráveis. Quando os fragmentos corroídos da sua vida ─ inicialmente desvendada em Crepúsculo, e, depois, estilhaçada e dilacerada em Lua Nova e Eclipse ─ parecem prestes a sarar e a unir-se num todo, será que irão terminar destruídos…para sempre?"Em Portugal estivemos quase um ano à espera de poder ler a conclusão (ou não) da saga Luz e Escuridão e no final a coisa não se revelou tão entusiasmante como estava à espera. Ao longo da espera tentei não receber muita informação relativamente a este quarto volume, de maneira a poder contar com o efeito surpresa na hora da leitura e, talvez por isso, fui surpreendida diversas vezes e até gostei bastante do livro mas... Mas não gostei tanto como dos volumes anteriores. Este livro está dividido em 3 partes, a primeira e a última narradas por Bella e a segunda parte narrada por Jacob. A história é bastante interessante nas duas primeiras partes da narrativa mas após esta fase tive a sensação de que a autora estava a "encher chouriços" de uma forma mais de que evidente. Isto para não falar do já habitual anti-climax, isto é, quando esperamos acção, uma batalha ou algo mais emocionante no final de cada volume nunca acontece nada. Desta vez estava eminente uma batalha histórica, algo em grande, e para não variar...os Cullen safam-se e não acontece nada!!! É frustrante. Outro ponto negativo é Bella. Esta sempre foi uma humana um bocado parvinha, que não toma decisões e não impõe a sua vontade acabando sempre por fazer aquilo que o elemento masculino mais próximo quer. Agora que se tornou vampira continua com a sua aura de boazinha, a fazer o que lhe mandam e, pior ainda, de controlada. Bella não tem problema nenhum ao tornar-se imortal, consegue fazer sem esforço aquilo que os demais personagens demoraram décadas a conseguir - controlar a sede. Enfim, é uma sonsa perfeita...
Pontos positivos são o facto de ficarmos a conhecer melhor algumas das histórias pessoais dos personagens que nos acompanham desde o início e o aparecimento de novos personagens que abrem (à autora e à nossa imaginação) um sem número de possibilidades. Gostei muito da Rosalie neste livro mas a minha personagem preferida continua a ser a Alice (deve ser por causa do gosto por roupas e maquilhagens...!!) mas o que mais me agradou foi mesmo a narrativa de Jacob. Acho que a autora consegue um trabalho muito melhor e uma leitura mais empolgante quando a narrativa é feita por outro personagem que não Bella - bom exemplo disso é o Midnightsun. Gosto de ver esta história pelos olhos de outros personagens, é mais interessante.
Recomendo apenas aqueles que já leram os demais volumes e não querem ficar sem saber o final (que obviamente é deixado em aberto) desta verdadeira saga de sucesso. Se puderem leiam em inglês porque a tradução continua, no mínimo, estranha.
6/10