Autor: E.L. James
Editora: Lua de Papel
Nº de páginas: 552
As Cinquenta Sombras de
Grey é um romance obsessivo, viciante e que fica na nossa memória para sempre.
Anastasia Steele é uma estudante de literatura jovem e inexperiente. Christian
Grey é o temido e carismático presidente de uma poderosa corporação
internacional. O destino levará Anastasia a entrevistá-lo para um jornal
universitário. No ambiente sofisticado e luxuoso de um arranha-céus, ela
descobre-se estranhamente atraída por aquele homem enigmático, sombrio, cuja
beleza corta a respiração. Voltarão a encontrar-se dias mais tarde, por acaso
ou talvez não. O implacável homem de negócios revela-se incapaz de resistir ao
discreto charme da estudante. Ele quer desesperadamente possuí-la. Mas apenas
se ela aceitar os bizarros termos que ele propõe... Anastasia hesita. Todo
aquele poder a assusta – os aviões privados, os carros topo de gama, os
guarda-costas... Mas teme ainda mais as peculiares inclinações de Grey, as suas
exigências, a obsessão pelo controlo… E uma voracidade sexual que parece não
conhecer quaisquer limites. Dividida entre os negros segredos que ele esconde e
o seu próprio e irreprimível desejo, Anastasia vacila. Estará pronta para
ceder? Para entrar finalmente no Quarto Vermelho da Dor? As Cinquenta Sombras
de Grey é o primeiro volume da trilogia de E.L. James que é já o maior fenómeno
literário do ano em todos os países onde foi publicada, da Austrália aos
Estados Unidos, da Inglaterra à Nova Zelândia.
A personagem
feminina que, segundo a própria autora é baseada na Bella da saga Luz e
Escuridão, é um verdadeiro “ pão sem sal”, daquelas que só devem existir na
América profunda das campanhas pela virgindade. Ora, estranho é que uma menina
tão pudica se vá logo encantar por um homem dominador e arrogante até mais não.
Sujeita-se a tudo o que ele quer, faz-lhe as vontadinhas todas e o mundinho
dela fica reduzido a ele desde o momento em que o conhece. O personagem
masculino, por sua vez, não tem ponta por onde se lhe pegue, cínico, arrogante
e prepotente, completamente dominador. A relação entre estes dois, como está
bom de ver não podia ser nada de muito saudável. Ela não tem experiência nehuma
e ele aproveita-se e domina-a completamente sem ponta de romantismo ou, sequer, de
normalidade (o homem que tivesse algum tipo de relação, supostamente afectiva,
comigo e assinasse um mail “CEO da
empresa X” levava um par de patins no mesmo instante). Ridículo. Como ridícula é a consciência da
moçoila, a sua “deusa interior” (só pelo nome que lhe dá já se vê o estilo) é
completamente histérica, está sempre aos pulinhos e excita-se com tudo e com
nada. Irritante.
Sendo a
narrativa tão pobre, podia pensar-se que a escrita até seria mais ou menos.
Desenganem-se. É paupérrima. Descrições pobres e clichés nas quais se usa uma
linguagem que, confesso que não percebi bem porquê ou para quê, é muitas vezes grosseira
e ordinária.
Concluindo, a
única coisa que este livro tem de aceitável é o mistério em torno do passado do
personagem masculino. Tudo o resto parece uma amálgama algo sem sentido de
cenas irreais e de fraca imaginação. Percebo que haja gente que goste, que se
lê bem e que pode ser uma opção aceitável (para algumas pessoas) para quem quer
variar um bocado nas temáticas de leitura mas… não me agradou.
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