terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Top Ten Tuesday - Most Frustrating Characters Ever


Para saberem mais podem consultar The Broke and the Bookish

O desafio de hoje é revelarmos as dez personagens mais frustrantes de sempre. Como de sempre, de sempre é muito complicado, decidi colocar aqui as dez primeiras que me venham à cabeça (obedecendo ao requisito, claro). Então vamos a isto:

  • Bella Swan, Saga Twilight - Acho que não preciso explicar grande coisa não? A menina que decide pôr a vida em risco só para ouvir a voz do gajo que decidiu fugir... Por favor!!
  • Sansa Stark, Songs of Ice and Fire - Bem, o nome desta não devia ser Sansa, devia ser Sonsa. Credo!! Mas ninguém dá dois estalos a esta miúda para ela parar de sonhar e acordar para a vida? Acorda, Sonsa. Acorda...
  • Lisbeth Salander, Trilogia Millennium - Adoro a Lisbeth, a sério que sim mas às vezes... Ai, sobe-me uma vontade de lhe enfiar um estalo!! Ó menina, então não vês que tens quem esteja do teu lado? Conta lá as coisas ao Blomqvist que o homem não foge...
  • Daenerys, Song of Ice and Fire (SPOILER ALERT- não leiam isto se ainda não leram todos os livros da saga) No início até gostava bastante desta personagem mas depois começou a mexer-me com o sistema. Deixou que as coisas lhe subisssem à cabeça mas continua a ser apenas uma miúda. E depois toma más decisões umas atrás das outras. Ninguém se lhe chega e grita "Ó Chavala, deixa lá de te armar em boazinha e vamos lá sair desta porcaria de cidade que assim não vamos a lugar nenhum"?
  • Joffrey Baratheon, Song of Ice and Fire (SPOILER ALERT- não leiam isto se ainda não leram todos os livros da saga)  - Tudo neste rapazola me deixa com os cabelos em pé. Senhores que prepotência, que falta de educação que...que...que tudo!! Acho que nunca uma cena me agradou tanto quanto a morte dele ou aquela vez em que o Tyrion o esbofeteou. Ah, justiça...!!
  • Príncipe Majestoso, A Saga do Assassino - Outro como o Joffrey. É tudo deles, tudo para eles, tudo como eles querem... Aí que raiva!!
  • Anastacia, Trilogia Cinquenta Sombras - Sobre esta personagem também pouco há para dizer, está tudo à vista. É a deusa interior, é a submissão parva a tudo e mais alguma coisa... Mas alguma vez um gajo que me quisesse engatar levava troco se assinasse os mails como CEO da empresa X? Oh, venha a nós a paciência...!
  • Mr. Grey, Trilogia Cinquenta Sombras - Possessivo, irritante, presumido... Mas quem disse ao homem que se pode meter em tudo, incluindo naquilo que uma pessoa come ou deixa de comer? Apetece dar-lhe uma sova daquelas que o deixem entrevadinho durante uns tempos largos.
  • Kelda, Saga das Pedras Mágicas - "Com mil ratazanas fedorentas" esta menina, para quem tem tanto poder já podia abrir a pestana e crescer um bocadinho. Ah, e deixar as ratazanas lá onde elas queiram estar. Que expressão tão estúpida e sem piadinha!!!
  • Styxx, Saga dos Predadores da Noite (livro Acheron) - Nojento, repulsivo e a precisar de ser arrastado nu e coberto de dejectos pelas ruas da cidade. E mais não digo que não quero "spoilar"....

Alguém desse lado acha o mesmo? Quais são os personagens que mais vos deixam frustrados (mesmo quando gostam deles)?

A Passagem - Volume I

Título: A passagem - Volume I
Autor: Justin Cronin
Tradução: Miguel Romeira
Edição: Ed. Presença
Nº de páginas: 560
ISBN: 9789722346061

Ler primeiras páginas aqui

"A Passagem é o primeiro livro de uma grandiosa epopeia pós-apocalíptica. Uma experiência científica a que o exército dos Estados Unidos submete vários homens e uma menina, para os tornar invencíveis, resulta numa catástrofe cujos efeitos têm consequências inimagináveis. Os homens submetidos àquela experiência tornam-se detentores de extraordinários poderes, mas são monstros assassinos sedentos de sangue. Neste primeiro volume do livro acompanhamos a sangrenta destruição que se segue à invasão dos mutantes, bem como a penosa reorganização dos sobreviventes em pequenas comunidades precárias, onde a gestão dos escassos recursos é uma prioridade. Neste cenário de devastação instala-se uma dinâmica que vai modificando as personagens e as relações que se estabelecem entre elas."

Wow...! Como é que eu demorei tanto, mas tanto tempo a decidir-me por ler isto?!? A primeira coisa a chamar-me a atenção foi, como é fácil de imaginar, a capa. A sinopse era algo mais duvidosa e, se calhar, deve ter sido mesmo por isso que este livro este meses à espera de ser lido. O facto do primeiro volume,  no original,  ter sido dividido em dois livros (o primeiro é este) também não ajudou. Oh, se eu soubesse...!!

Não caindo em spoilers, Justins Cronin leva-nos até ao principio do fim - o fim do mundo tal como o conhecemos - terminando a viagem num terrível mundo pós-apocalíptico onde a sobrevivência é uma luta interminável num sentido muito literal. Decorrendo a acção num período de anos algo difuso mas que (pelas minhas superficiais contas e eu sou péssima com números...) penso ser de 102 anos, é imenso o número de personagens que cruzam o nosso caminho. Digo isto assim porque, na verdade, parece mesmo que os conhecemos, tal é o seu grau de realismo e a grande quantidade de informação que obtemos acerca  de cada um deles. O leitor consegue criar um elo tão especial com cada um dos personagens que até se torna difícil destrinçar quais são, definitivamente, os principais e os secundários. Para isso contribui o facto de a narrativa não ser sempre vista do ângulo do mesmo personagem - por vezes um assume uma posição preponderante para, alguns capítulos adiante, ser outro aquele que tem o protagonismo.

Este jogo de trocas, quase como um jogo de luzes num espectáculo de palco, é usado também em relação a todo o lapso temporal no qual decorre a narrativa. O autor, consegue (ao principio era um bocadinho confuso mas depois entranhou-se-me....) de um modo algo peculiar contar-nos todas as vidas que aqui se cruzam através de diversos saltos temporais, que longe de nos confundirem, servem para explicar e dar mais detalhes e consistência não apenas à história mas a todo o universo magistralmente criado.

É uma distopia refrescante e audaciosa que nos deixa viciados logo nos primeiros capítulos. Talvez isso se deva ao facto de ser uma narrativa muito mais madura que as que têm proliferado no último ano. Não há romances adolescentes (quem está a lutar para não morrer não tem tempo para isso - eu bem digo!) o que não significa que não haja amor; a maldade é mesquinha, definitivamente humana e não literária; e o modo como o autor consegue captar, compreender e transmitir os sentimentos - do mais esmagador ao mais insignificante - deixou-me completamente rendida.
Só lendo mesmo...

8,5/10

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

À luz da Meia-Noite

Título: À luz da Meia-Noite
Série/Saga: Predadores da Noite, #13
Autor: Sherrilyn Kenyon
Tradução: Ester Cortegano
Edição: Saída de Emergência
Nº de páginas: 176
ISBN:  9789897100437


"Uma mistura sensual de Sexo e a Cidade com romance paranormal 
Conheçam Aidan O’ Conner. Uma celebridade generosa que tudo oferecia e nada pedia em troca… até ser enganado pelos que o rodeavam. Agora Aidan nada quer do mundo ou sequer fazer parte dele. Quando uma estranha mulher aparece à sua porta, Aidan sabe que já a viu antes… nos seus sonhos. Uma deusa nascida no Olimpo, Leta nada sabe do mundo dos humanos. Mas um inimigo implacável expulsou-a do mundo dos sonhos e para os braços do único homem capaz de a ajudar: Aidan. Os poderes imortais da deusa derivam de emoções humanas, e a raiva de Aidan é todo o combustível que precisa para se defender… Uma fria noite de inverno irá mudar as suas vidas para sempre… 
Aprisionados durante uma tempestade de inverno brutal, Aidan e Leta terão que conquistar a única coisa que os poderá salvar a ambos – ou destruí-los – a confiança. Conseguirão triunfar sobre todos os obstáculos?"

Ler excerto aqui.

Os livros desta autora são o meu guilty pleasure (shhh! Não digam nada a ninguém) e quando vi este em pré-venda... não resisti! Não sei muito bem o que vos diga sobre este volume. Quem segue aqui o meu cantinho e o meu goodreads, sabe que não costumo escrever nada sobre estes livros. Afinal, são o que são e não há muita ciência nisso. Mas avante...

Neste 13º volume da série Predadores da Noite ficamos a conhecer a vida e destinos de Aidan e Leta. Ao contrário do que é habitual, ele não é um Predador da Noite - se bem que seja atormentado que baste por um passado de mentiras e enganos que o levou a isolar-se do mundo - e, assim, não temos Ash nem nenhum dos outros senhores já nossos conhecidos. Mas tudo o resto está lá. Culpa, redenção, homens lindos, vilões estúpidos e algum sexo. Enfim, a Kenyon a que estamos habituadas.

A história é pequenita (foi a primeira coisa em que reparei quando o livro chegou a casa, tem muito menos páginas que os demais) e lê-se num ápice; a narrativa passa-se toda em 48 horas (mais coisa menos coisa). E este foi o senão do livro. Normalmente a paixão avassaladora (que depois se transforma num amor incondicional e à prova de tudo!!!) toma conta dos protagonistas num curo espaço de tempo mas aqui... Bem, a senhora apressou-se um bocadinho na escrita. Enfim, não se pode ter tudo!

No final, e para adoçar a coisa, temos dois pequenos contos dos quais gostei bastante (já temos o Ash, o Nick e a tropa toda). Neste ponto só tenho um reparo a fazer à editora. Não consegui ver se o tradutor deste volume é o mesmo que traduziu os anteriores mas, se não é, existem revisores. É um bocado estranho para o leitor, e só o digo porque pode confundir e atrapalhar a leitura, ler em não sei quantos livros um nome de um personagem escrito de uma maneira e, de repente, aparecer escrito de outra. Acontece, por exemplo, no caso do irmão gémeo do Ash - sempre foi Stixx e agora virou Estige.

5/10 

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Resultado Passatempo 4º aniversário

Ora cá estou eu para anunciar o tão esperado vencedor do passatempo de comemoração do 4º aniversário do blog. tenho que vos pedir desculpa pela demora e agradecer-vos a paciência e as participações que foram mais de 60. 

Sessenta pessoas que não se importaram de andar por aqui a fazer pesquisa no blog (eu sei que fui mazinha nessa parte!) para me enviar as respostas certas. E eram elas:

1- Qual o último passatempo lançado neste blog?
Passatempo de Natal em 2011

2- Normalmente o que antecedia e anunciava alguns dos passatempos?
Normalmente, nas vésperas dos passatempos, eram publicados os videos da Bailarina. Videos alusivos aos livros que iam ser sorteados.

3- Qual a primeira crítica publicada no blog pela Alice?
A  primeira critica publicada pela Alice (euzinha) foi sobre A Guerra dos Tronos do Martin.

4- Qual a primeira critica publicada no blog pela Bailarina?
A primeira critica da Bailarina foi sobre Danças na Floresta da Julliet Marillier.

5- Aquando do 2º aniversário do blog publicámos uma entrevista. Quem foi o autor entrevistado?
O autor entrevistado foi Maite Carranza, autora da trilogia Guerra das Bruxas.


O resultado, como é habitual, foi apurado através do random.org (desculpem lá se me mantenho uma nulidade a nível informático e ainda não consegui aprender a fazer prints do ecrã - ou como se chame isso. Alguma alminha caridosa que se queira oferecer para me explicar, eu agradeço o envio de um mail com as instruções...). O vencedor foi:

24- Diana Sofia da Silva Marques - Agualva

Parabéns!! :)

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Mundo Sem Fim com a Visão e o Expresso





É já amanhã, dia 24 de Janeiro, que podemos adquirir com a Visão ou o Expresso o 1º DVD da série Mundo Sem Fim. Este primeiro DVD traz a capa arquivadora de oferta e custará, tal como os demais 5,95€.

Esta série, da qual vos deixo o trailler, é baseada na obra (homónima) de Ken Follett; uma sequela de Os Pilares da Terra. A narrativa tem lugar em Kingsbridge 200 anos depois dos acontecimentos daquela primeira  série e é marcada por acontecimentos trágicos que abalaram a Europa, como a Peste Negra.

Os livros, para os interessados, estão publicados no nosso país pela Presença. Podem consultar sinopses, preços e demais informações aqui.



terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Aquisições de Janeiro

O mês está quase a acabar e, como já esgotei o orçamento disponível, acho que já posso fazer o balanço das primeiras aquisições do ano.
Apesar de não ter mais trocos que o normal (antes pelo contrário, atrevo-me a dizer) consegui adquirir mais títulos que aqueles que consigo ler e muitos mais do que esperava. Posso, sem sombra de dúvida, dizer que para isso contribuíram muito o meu Kobo (os livros são bem mais baratinhos), a Campanha de Natal da Presença e os Saldos da mesma editora com livros a 4,99€. Isto é que foi aproveitar... :)

Assim, o resultado foi este:


"En un futuro cercano, todos los recién nacidos llevan incorporada una bomba de tiempo genética. Los varones viven hasta los 25 años, y las mujeres, que mueren a los 20, son secuestradas y forzadas a contraer matrimonios polígamos para evitar que la humanidad entera desaparezca de la faz de la Tierra. Cuando secuestran a Rhine, una joven de 16 años, para venderla como esposa de un hombre adinerado, le espera un mundo de privilegios. Su joven marido, Linden, la ama igual que a sus otras esposas, pero Rhine sólo desea escapar, aunque deberá enfrentarse a su excéntrico suegro, quien no cejará en encontrar un antídoto para el virus que amenaza la vida de su hijo, aunque para ello deba dejar varios cadáveres en su camino"



"Con ayuda de Gabriel, Rhine ha logrado escapar de la mansión y del terrible destino que la aguardaba en Efímera. Pero en el exterior se encuentran con un mundo incluso más aterrador que el que dejaron atrás.
Entre los peligros que los aguardan, caen en un burdel dirigido por una cruel y demente tirana. Una vez más, Rhine debe hacerse pasar por una chica dócil mientras planea su escape. Los dos están decididos a llegar a Manhattan, donde tal vez puedan encontrar la paz viviendo con Rowan, el hermano mellizo de Rhine. Pero el camino es largo y peligroso, y además deben eludir los intentos de Vaughn, el suegro de Rhine, de regresarla a la mansión cueste lo que cueste. Y en un mundo donde las mujeres viven hasta los veinte años y los hombres hasta los veinticinco, el tiempo vale mucho más que el oro."



"Publicada em dois volumes, incluídos na coleção «Via Láctea», A Passagem é uma representação de um tenebroso fim da civilização atual. Uma experiência científica a que o exército dos Estados Unidos submete vários homens e uma menina, para os tornar invencíveis, resulta numa catástrofe cujos efeitos têm consequências inimagináveis. Os homens submetidos àquela experiência tornam-se detentores de extraordinários poderes, mas são monstros assassinos sedentos de sangue"


"Neste segundo volume a humanidade vive uma era de trevas em que a sobrevivência dita as leis, não só em função dos ataques dos mutantes virais, mas em relação a quase tudo. Passaram entretanto noventa anos sobre a catástrofe e a Vagante, como muitos lhe chamam, regressa de uma longa e solitária jornada de décadas. Como numa viagem iniciática, durante essa obscura deriva ganhou forma dentro dela o terrível conhecimento de que ela é a Única que tem o poder de salvar o mundo destruído por aquele pesadelo."



"Meggie é uma grande apreciadora de histórias e adoraria que o pai lesse em voz alta para ela. Mas ele não o faz há muitos anos, desde que a mãe desapareceu misteriosamente. O pai possui um dom especial: quando lê um livro em voz alta, as palavras ganham vida na sua boca e coisas e personagens das histórias saltam do livro para o mundo real. O pior é que quando algo salta cá para fora, alguém ou alguma coisa deste mundo entra para dentro do livro... A partir daí, sucede-se um sem-fim de desconcertantes aventuras, mistérios e muito suspense... Cornelia Funke escreve com mestria, fazendo o leitor sentir que está dentro da história. Talvez ela também tenha o dom... O filme baseado neste livro teve estreia mundial em 2009."



"John Smith, de quinze anos, é um dos nove jovens que conseguiram abandonar o planeta Lorien antes de este ter sido destruído pelos Mogadorianos. Por esta razão, tem andado escondido toda a sua vida, mudando de identidade e de localização ao menor sinal de perigo. Mas agora John quer parar de fugir e enfrentar o seu destino. Os seus Legados - poderes extraordinários que lhe permitirão lutar contra os adversários - começam a manifestar-se e ele tem todos os motivos para querer uma vida normal. Um livro repleto de aventura, romance e acção."



"Na Itália do século XVI, Ugo DiFonte e a filha, Miranda, são levados para a corte do Duque Federico, onde este lhe ordena que seja o seu provador de comida, um cargo tão perigoso quanto os seus inúmeros inimigos. Em breve Ugo aprende a mover-se entre venenos, antídotos, conspirações e intrigas palacianas, mas o maior desafio ainda está para vir: proteger a filha dos seus muitos pretendentes - que incluem o cozinheiro e o próprio Duque - quando qualquer refeição pode ser a última…
Uma narrativa que combina as doses certas de suspense e humor resultando num romance irresistível, bestseller numa dezena de países."



"Uma celebridade generosa que tudo oferecia e nada pedia em troca… até ser enganado pelos que o rodeavam. Agora Aidan nada quer do mundo ou sequer fazer parte dele.
Quando uma estranha mulher aparece à sua porta, Aidan sabe que já a viu antes… nos seus sonhos.
Uma deusa nascida no Olimpo, Leta nada sabe do mundo dos humanos. Mas um inimigo implacável expulsou-a do mundo dos sonhos e para os braços do único homem capaz de a ajudar: Aidan. Os poderes imortais da deusa derivam de emoções humanas, e a raiva de Aidan é todo o combustível que precisa para se defender…
Uma fria noite de inverno irá mudar as suas vidas para sempre…
Aprisionados durante uma tempestade de inverno brutal, Aidan e Leta terão que conquistar a única coisa que os poderá salvar a ambos – ou destruí-los – a confiança. Conseguirão triunfar sobre todos os obstáculos?"

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Resistência - Ninguém pode decidir por ti

Título: A Resistência - Ninguém pode decidir por ti
Autor: Gemma Malley
Tradução: João Martins
Edição: Ed. Presença
Colecção: Noites Claras
Nº de páginas: 320
ISBN: 9789722345835

A Resistência é a obra que vem dar continuidade a O Pacto - o Crime de Ter Nascido, que a Presença publicou também nesta coleção. Continuamos no ano de 2140. A imortalidade foi alcançada, mas à custa de renunciar à descendência, através de um compromisso, o Pacto. Peter e Anna são dois Excedentes, duas crianças que não deviam ter nascido. Peter recebe a missão de desvendar o que se passa no programa secreto de Longevidade e é então que descobre uma verdade aterradora que o fará questionar tudo aquilo em que sempre acreditou.

Li o primeiro volume desta trilogia, O Pacto, em 2009 e lembro-me perfeitamente de, apesar da trama ser muito simples (afinal é um livro dirigido para um público YA), ter ficado muito tempo a pensar nas questões que eram levantadas ao longo da narrativa. Eram sobretudo questões ligadas à preservação da natureza e de cariz mais ambientalista, fundadas nos alertas feitos relativamente ao desenvolvimento cientifico e tecnológico que nos deixam tão confiantes de nós mesmos que até nos esquecemos que os recursos se esgotam, que tudo acaba um dia.

Penso que, A Resistência vai deixar marcas ao mesmo nível. A trama continua simples e, em alguns aspectos, bastante previsível mas Gemma Malley continua a abordar os problemas e as perturbações da alma humana de um modo especial. É subtil, quase nem damos por ela mas depois... depois damos connosco a pensar naquilo que lemos há umas horas, a reflectir sobre os sentimentos e questões profundas levantados de modo tão discreto. Os temas abordados sofrem algumas diferenças mas o que despertam no leitor é muito semelhante.

A um nível mais superficial, A Resistência é um livro sobre os dissidentes, os insatisfeitos que lutam contra o sistema instituído, aos quais se juntam Peter e Anna em missões de alto risco. A este nível encontramos uma das coisas que mais me agrada nesta série - o romance é quase nulo. (Sim, podem crucificar-me à vontade mas aquelas lamechices de se amarem todos muito e irem salvar o mundo, salvando-se a eles mesmos e ao seu amor que povoam este tipo de narrativas irrita-me em demasia. Que coisas melosas e irrealistas...!!) Os protagonistas amam-se, tentam fazer o possível para não se magoar um ao outro mas não andam sempre coladinhos e a fazer juras de amor eterno; acaba por ser uma coisa mais realista, afinal de contas quem anda por ai infiltrado, a correr riscos e vigiado a toda a hora tem mais que fazer e com que se preocupar.

A um nível mais profundo, Gemma Malley aborda o tema da resistência humana nos seus vários níveis e assumpções possíveis. Medo da morte e do que poderá, ou não, vir depois. Quem o não tem? Quantos de nós sacrificaríamos tudo para poder escapar-lhe! E depois da escolha feita, como se resiste a uma eternidade de tédio, de inutilidade e futilidade? Mas a questão só se coloca quando existem alternativas. E quando estas desaparecem porque fomos enganados? É interessante ver espelhados num livro tão simples e tão fácil de ler os maiores medos e desejos do ser humano; ler ali retratada a imensa resistência que temos à dor e à traição (porque na verdade a esperança é mesmo a última que morre), o desejo de segurança e conforto que a todos nós é comum; e, sobretudo, a resistência e força conseguidas quando lutamos por algo em que acreditamos, quando queremos apenas o fim de uma injustiça e poder decidir por nós mesmos que rumo dar às nossas vidas.

7/10

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Proua i Percunceito - capítalo XVI




Cumo nada houbo acontra l treminado pulas moças cula tie deilhas, i todos ls reparos de l Senhor Collins an nun deixar l Senhor i la Senhora Bennet por ũa sola nuite al lhargo de la bejita fúrun fastados de modo firme, a la hora marcada la carruaije lhebou lo a el i a las sues cinco primas a Meryton; i las rapazas tubírun l gusto de oubir, mal apenas antrórun na sala, que l Senhor Wickham aceitara l cumbite de l tiu, i yá staba an casa.

Apuis haber sido dada esta anformaçon i todos se habéren sentado, l Senhor Collins aporbeitou l’oucajion para mirar alredror del i admirar, amostrando se de tal maneira admirado cula grandura i la mobilha de l apartamiento, que dixo que quaije le parecie que staba na salica de zayuno ne l berano, an Rosings; al ampeço, esta acumparança nun le çpertou grande antusiasmo; mas quando la Senhora Philips fui por el sclarecida de l que era Rosings i quien era la sue duonha—quando oubiu la çcriçon de solo ũa de las salas de bejita de Lady Catherine, i soubo que solo l chupon custara uitecientas lhibras, eilha sentiu la fuorça daquel agabon, i ende nien l’acumparança cun l quarto de la gobernanta la haberie oufendido.

Na çcriçon de toda la grandeza de Lady Catherine i de la mansion deilha, cun algues falas pul meio a lhoubar la hounesta casica del i de ls melhoramientos que staba a recebir, passou l tiempo de modo mui agradable, até que que ls outros cabalheiros se le ajuntórun; i na Senhora Philips el ancuntrou ũa oubinte cun atento, an que l’oupenion a respeito del crecie al modo que lo oubie, i an que yá staba a quedar cuntenta cul modo cumo le iba a cuntar todo esso a las bezinas, mal apenas podisse. Quanto a las rapazas, que nun podien oubir l primo, i nada tenien que fazer a nun ser desear un strumiento para tocar, i mirar pa las sues própias eimitaçones de figuricas an borcelana de la china, puostas na cornije de l lhume, aqueilha spera staba le a parecer mui lharga. Assi i todo, al fin acabou se. Ls cabalheiros achegórun se, i quando l Senhor Wickham antrou na sala, Elizabeth sentiu que nien antes se habie frimado bien nel, nien pensando nel até ende, cun l’admiraçon bastante. Ls oufeciales de l—çtacamento formában an giral un grupo cun muito prestijo, de maneiras çtintas, i ls melhores deilhes staba ne l persente grupo; mas antre todos se çtinguie l Senhor Wickham pula sue galhardie, calantriç i airoso andar, tanto quanto eilhes stában porriba l rechunchudo tiu Philips, de oupor abinado, que ls lhebaba pa la sala.

L Senhor Wickham fui l home afertunado para quien quaije todos ls uolhos femeninos se bolbírun, i Elizabeth fui la mulhier afertunada an pie de quien el al fin se bieno a sentar; i l modo agradable cumo el lhougo ampeçou la cumbersa, anque solo dezira que la nuite staba molhada i que talbeç chobisse muito, fizo la pensar cumo l assunto mais bulgar i gasto se podie tornar mui antressante, grácias a l’albelidade de quien fala.

Cun cuncorrientes tan fuortes a querer las atençones de las damas cumo l senhor Wickham i ls oufeciales, l Senhor Collins parecie reduzido a la sue pequenheç; pa las rapazas el nun repersentaba nada; mas ũa beç ou outra achaba na Senhora Philips ũa oubinte amable, i era grácias a l’atencion deilha mais serbido de café i bolhos. Quando fúrun puostas las mesas de jogo, el biu ende ũa ouportenidade de le pagar las atenciones, sentando se cun eilha para jogar l whist.

Agora sei mui pouco deste jogo,” dixo el, “mas gustarie de lo apurfeiçar, por bias de la mie situacion de bida—” La Senhora Philips staba mui cuntenta pula cuncordáncia del, mas nun pudo antender las rezones del.

L Senhor Wickham nun jogaba al whist, i fui recebido cun muita alegrie na outra mesa antre Elisabeth i Lydia. Al ampeço parecie haber l peligro de Lydia lo agarrar eilha sola, puis eilha falaba cumo un tarabielho; mas cumo tamien era ũa amante de l jogo de la loterie, mui debrebe se deixou ambolber pul jogo, cun gana de fazer las sues apostas i botar ls sous palpites, pa le dedicar algue atencion a alguien an special. Tenendo an cuonta l que se eisige nun jogo destes, l Senhor Wickham tenie campo para falar cun Elizabeth, i eilha staba ancantada de lo oubir, anque nun tubira sperança de que le cuntássen l que mais deseaba oubir—la cuonta de las relaçones antre el i l Senhor Darcy. Nien sequiera s’astrebiu a amentar nesse cabalheiro. La curjidade deilha, assi i todo, fui sastifeita sien cuntar. L próprio Senhor Wickam ampeçou cul assunto. Quijo saber a que lunjura staba Netherfield de Meryton; i, apuis la repuosta deilha, preguntou le meio a miedo zde quando l Senhor Darcy staba eilhi.

 “Arrimado a un més,” dixo Elizabeth; i ende, cula gana de nun deixar acabar l tema, acrescentou, “El ye l duonho de mui grandes propiadades ne l Derbyshire, cuido you.”

Si,” respundiu le l Senhor Wickham, “la fazienda del ye de l que hai de melhor. Dá un rendimento lhimpo por anho de dieç mil lhibras. Nun podiedes haber achado pessona an melhores cundiçones do que you para bos anformar subre l assunto, puis stube mui lhigado a la familha del zde la mie nineç.”

Elizabeth nun fui capaç de scunder la surpresa.

Podeis star mui surpresa, Menina Bennet, cun esto que digo, apuis de haber bido, cumo probablemente bistes, l modo friu cumo se dou l nuosso ancuontro de onte. Teneis un coincimiento fuorte de l Senhor Darcy?”

Mais do que gustarie que fusse”, dixo Elizabeth de modo sentido. “Passei quatro dies na mesma casa cun el, i tengo lo cumo ũa pessona bastante zagradable.”

“Nun tengo l dreito de bos dar la mie oupenion,” dixo Wickham, “a respeito de el ser zagradable ou outra cousa. Nun sou l mais andicado para esso. You coinci lo tiempo de mais i bien de mais para ser un juiç justo. Para mi ye ampossible ser amparcial. Mas cuido que la buossa oupenion subre el an giral iba a spantar— i talbeç nun la débades apersentar de modo tan fuorte an qualquiera outro lhugar. Eiqui stais na buossa familha.”

“Palabra de honra, nun digo eiqui mais do dezirie an qualquiera outra casa de la bezinança, a nun ser an Netherfield. Tamien nun gústan nada del an Hertfordshire. Todo mundo stá zgustoso cula proua del. An parte nanhue oubireis quien fale melhor del.

Nun puodo fazer de cuonta que tengo pena,” dixo Wickham, apuis un ratico calhado, “por el ou outro qualquiera nun séren mais stimados do que eilhes rialmente merécen; mas cun el cuido bien que esso nun se passa muita beç. L mundo stá ciego pula fertuna i l’amportança del, ou assustado cun ls modos superiores i amponientes del, i bei lo solo como el quier que l béian.”

Puis you, anque tenga un fraco coincimiento del, cunsidro lo un home de malos fígados.” Wickham solo acenhou cula cabeça.

Pregunto me,” dixo el, na ouportenidade que tubo a seguir para falar, “se el pensa inda tardar muito por este cundado.”

Nun fago eideia; mas nada oubi a respeito de la salida del quando stube an Netherfield. Spero que ls buossos planos quanto al çtacamiento nun séian perjudicados pula mantenéncia del na bezinança.”

Á! nó— nun hei de ser you que me bou a ir ambora por bias de l Senhor Darcy. Se el nun me quejir ancarar, que se baia. Las nuossas relaçones nun son d’amisade, i custa me siempre un cachico ancuntrá lo, mas nun tengo ũa rezon special para nun lo querer ber que nun la puoda dezir delantre l mundo anteiro, l star ressentido por ũa anjustícia mui grande i ũa tristeza fonda por el ser cumo ye. L pai del, Menina Bennet, l redadeiro senhor Darcy, fui un de ls melhores homes que yá houbo, i l mais berdadeiro amigo que yá tube; i nunca sou capaç de star na cumpanha deste Senhor Darcy sien que se me parta l’alma cun miles de buonas lhembráncias. L cumportamiento del an relaçon a mi fui scandeloso; mas, acá bien andrento, acradito poder perdonar le todo, menos l el haber cuntreriado las speranças i zgraciado la mimória de l pai del.”

Elizabeth achaba que l antresse de l assunto crecie, i oubie cun todo l sou coraçon; mas la delicadeza del nun la deixaba cuntinar a fazer preguntas.

L Senhor Wickam ampeçou a falar de assuntos mais girales, Meryton, la bezinança, la sociadade, amostrando se mui sastifeito cun todo l que até ende bira, i falando de las redadeiras cousas cun ũa gentil, mas bien çclarada galanterie.

Fui la sperança de relaçones sociales custantes i cun giente de la buona sociadade,” acrecentou el, “la percipal rezon de la mie benida pa la guarniçon de l cundado. You soube que eilha era mui respeitable, cun ambiente agradable, i l miu amigo Denny atentou me inda mais cun la çcriçon de ls sous atuales aposentos i de las simpáticas atençones i coincimientos eicelentes que Meryton le traíra. La bida social, cunfesso bos, faç me muita falta. Tornei me un home zeiludido, i l miu stado de sprito nun aguanta la soledade. Perciso muito de m’acupar i de cumbibir socialmente. Ũa bida melitar nun era l que you me çtinaba, mas ls causos de la bida lhebórun me a scolhé la. L’eigreija habie de haber sido l miu oufício—you fui eiducado pa l’eigreija, i habie de star agora na puosse dun balioso reitorado, nun fura la mala gana de l cabalheiro de quien há cachico stábamos a falar.”

Pula cierta!”

Si—l redadeiro Senhor Darcy habie me feito teçtamiento de la paróquia mais rica que el tenie na sue porteçon. Para alhá de ser miu padrino, tenie me an grande stima. Nunca serei capaç de le fazer justiça a la bundade del. La gana del era deixar me ũa bida zafogada, i cuidaba que lo habie feito; mas quando la praça quedou de bago, dórun se la a outro.

Miu Dius!” dixo Elizabeth, “mas cumo fui esso possible? Cumo fui possible nun respeitáren l teçtamiento? I porque rezon bós nun fustes pa la justícia?”

La anformalidade de ls termos de l lhegado tirou me qualquiera sprança que podisse benir de un porcesso lhegal. Un home de honra nunca iba a dubidar de l’antençon que alhá staba, mas l Senhor Darcy scolhiu dubidar— ou cunsidrar l testo solo cumo ũa recomendaçon cundicional i sustentar que you perdira l dreito a eilha por strabagança, amprudença—an resume todo ou nada. La berdade ye que la praça quedou de bago bai para dous anhos, mesmo na altura an que quedei cula eidade a la própia, i que eilha le fui antregue a outro home; i nun ye menos berdade, que you nun me puodo acusar de haber feito algo para merecer perdé la. Tengo un feitiu cun derrepentes, dou le a lhéngua, i talbeç, a las bezes, haia dado la mie oupenion a respeito del, i a el própio, un cachico lhibre de mais. Nun se me lhembra de nada pior. Mas la berdade ye que nós somos mui defrentes culidades de homes, i que el me ten rábia.”

Mas esso ye bergonhoso! El merece ser zacraditado an público.”

Nũa altura ou outra ha de chegar l tiempo— mas nun ha de ser por mi. Anquanto nun seia capaç de squecer l pai del, nun bou a poder zafiá lo ou a zmascará lo.”

Elizabeth felcitou lo por esses sous entimientos, i pareciu le mais guapo do que nunca al oubi lo dezi los.

Mas quales,” bolbiu eilha, apuis un ratico calhada, “ poderan haber sido las rezones del? L que lo haberá lhebado a ser assi tan crudo cun bós?”

Ũa mui grande mala gana an relaçon a mi — ũa mala gana que solo puodo cunsidrar nũa cierta medida cumo ciúme. Tubira l redadeiro Senhor Darcy gustado menos de mi, l filho del aguantarie me melhor; mas cuido que l muito afeto que l pai del me tenir siempre lo anrezinou zde mui cedo. El nun era home para aguantar la ribalidade que habie antre nós—aqueilha spece de perferéncia que el muita beç me daba.

Nunca pensei que l Senhor Darcy fusse tan malo assi —anque nunca tubira gustado del. Nunca l cunsidrei capaç dessas cousas tan terribles. Tenie lo na cuonta de quien çprézia l próssimo an giral, mas nunca cuidei que fura capaç de abaixar a ũa bingança tan reles, a ũa anjustícia dessas, a ũa tal zoumanidade cumo essa!

Apuis de pensar uns minutos, eilha cuntinou, “Lembra se me de lo haber oubido un die, an Netherfield, a agabar se de cumo éran amplacables las rábias del, de tener un carátele que mui deficelmente perdona. L modo de ser del debe de ser spantoso.

Nun quiero acraditar an mi neste assunto,” dixo Wickham; “Ye mui defícele para mi ser justo cun el.”

Elizabeth afundiu se outra beç ne l pensamiento, i apuis un ratico, dixo:

Tratar dessa maneira l afelhado, l amigo, l mais querido de l pai del!” Eilha podie haber acrecentado: «Inda porriba un moço cumo bós, an que la figura diç bien cumo ye amable»—mas cuntentou se cun: “i inda porriba, quien talbeç haia sidol cumpanheiro de jolda zde la nineç, dambos a dous ounidos, cumo cuido que dezistes, por lhaços mui fuortes!”

Nós nacimos na mesma paróquia, andrento la mesma quinta; passemos juntos l mais de la nuossa mocidade; bibiemos na mesma casa, jogábamos ls mesmos jogos, recebiemos l mesmo cuidado paternal. Miu pai ampeçou la bida ne l oufício an que l buosso tiu, l Senhor Philips, tanto prestijo alcançou—mas deixou todo para quedar al serbício de l redadeiro Senhor Darcy, ampregando todo l tiempo del a l’admenistraçon de la propiadade de Pemberley. El era muitíssemo stimado pul Senhor Darcy, l mais íntímo, amigo cunfidente. L Senhor Darcy amenudadas bezes le dou a antender todo l recoincimiento del puls buns serbícios de miu pai, i quando, mesmo antes de miu pai se morrer, l Senhor Darcy le pormetiu de lhibre buntade mirar por mi, stou cumbencido de que el lo fizo tanto por se sentir an díbeda cun miu pai, cumo pul carino que tenie por mi.

Que stranho!” dixo Elizabeth. “Ye zpreziible! Admira me que la mala proua deste Senhor Darcy nun lo deixou ser justo cun bós! A la falta de melhor rezon, que toda la sue proua nun lo lhebasse a la zounestidade—puis cuido que de zounestidade se trata.”

Ye curioso,” dixo Wickam, “puis de la proua parécen benir l mais de ls feitos del; i la proua ten sido muita beç l melhor amigo del. Ten lo achegado mais a la bertude que qualquiera outro sentimento. Mas nós somos ancumpatibles, i ne l cumportamiento del an relaçon a mi houbo ampulsos mais fuortes que la própia proua.”

Poderá ũa proua tan hourrible cumo la del lhebá lo algue beç a fazer algun bien?

Si. Muita beç lo ten lhebado a ser lhibaral i dariego, a querer dar l dinheiro del, a amostrar houspitalidade, a amprestá le dinheiro als rendeiros del, i a ajudar ls probes. La proua de familha, i la proua de filho—puis el ten muita proua ne l que era l pai del—ten feito esto. Nun parecer algue beç a zmerecer de la familha, degenerar de las culidades populares, ou perder l’anfluença de la Casa de Pemberley, essa ye rezon mui fuorte. El ten tamien ũa proua de armano, que, a la par de algun carino d’armandade, lo torna nun mui carinhoso i guardian de l’armana del, i muita beç tenereis la ouportenidade de l ber apuntado cumo l mais atencioso i l melhor de ls armanos.

Que classe de rapaza ye la Menina Darcy?

El abanou la cabeça. “Gustaba de dezir que ye amable. Deixa me peneroso dezir mal de un Darcy. Mas eilha ye aparecida por demais al armano—mui, mui chena deilha mesma. De nina, era carinosa i meiga, i mui amable cumigo; i dediquei le horas i horas al adbertimiento deilha. Mas agora nada tengo a ber cun eilha. Eilha ye ũa rapaza mui guapa, cun arrimado a quinze ou zasseis anhos,  i, cuido you, mui bien eiducada. Zde la muorte de l pai, la casa deilha ten sido Londres, adonde ũa tie bibe cun eilha, i trata de l’eiducaçon deilha."

Apuis de bários cachos calhados i de atentáren por bárias bezes falar de outros assuntos, Elizabeth nun parou anquanto nun bolbiu al purmeiro, i dixo:

You quedo pasmada pula antemidade del cun l Senhor Bingley! Cumo puode l Senhor Bingley, que ye la buona çposiçon an pessona, i ye, acradito mesmo, berdadeiramente amable, mantener relaçones d’amisade cun un tal home? Cumo ye possible batéren un cul outro? Coinceis al Senhor Bingley?”

Nó, nun lo conheço.

Ye un home encantador, amable, de carátele buono. Pula cierta nun sabe quien ye l Senhor Darcy.”

Talbeç nó; mas l Senhor Darcy sabe agradar quando quier. Nien percisa de fazer sfuorço. Puode ser buona cumpanha para ũa cumbersa agradable se acha que bal la pena. Antre las pessonas de la posiçon del ye mui defrente do que parece cun ls menos ricos. La proua nunca l deixa; mas cun ls ricos el amostra se lhibaral, justo, sincero, racional, dino de honra, i talbeç até agradable —cunsante la fertuna i amportança de la pessona cun quien fala.

Lhougo a seguir acabou l jogo de whist, ls jogadores ajuntórun se alredror de outra mesa i l Senhor Collins bieno se a poner antre sue prima Elizabeth i la Senhora Philips. Fui esta quien fizo las questumadas preguntas subre ls resultados de l jogo. Nun habien sido mui buonos; el habie perdido todos ls tentos; mas quando la Senhora Philips se quijo amostrar penerosa, el cun ũa cara mui séria, dixo que l assunto nun tenie qualquiera amportança, que para el l dinheiro pouco balie, i pediu le por todo que eilha de maneira nanhue se sentisse anquemodada cun esso.

“You sei mui bien, senhora,” dixo el, “que quando ũa pessona se senta a ũa mesa de jogo, assujeita se a que le pássen essas cousas, i feliçmente na situaçon an que stou cinco xelins nunca serien grande problema. Nien todos, ye berdade, poderan dezir l mesmo, mas grácias a Lady Catherine de Bourgh, puodo me dar al luxo de nun tener de m’amportar cun essas menudéncias.”

Algo chamou l’atencion de l Senhor Wickam; i apuis de mirar bien pa l Senhor Collins por un ratico, el preguntou le an boç baixa a Elizabeth se l pariente deilha tenie un coincimiento íntemo cula família de Bourgh.

Lady Catherine de Bourgh,” respundiu le eilha, “dou le ũa reitorie hai pouco tiempo. Nun fago eideia de cumo l Senhor Collins le fui apersentado, mas stou cierta de que el nun la conhece hai muito tiempo.”

Pula cierta sabeis que Lady Catherine de Bourgh i Lady Anne Darcy éran armanas; por esso eilha ye tie de l atual Senhor Darcy

Nó, nun fazie eideia. Nun sabie de la parentena de Lady Catherine. Nunca oubi falar de l’eissitença deilha até trasdonte.”

La filha dessa tie, la Menina Bourgh, bai a ardar ũa fertuna mui grande, i todo mundo acredita que eilha i l primo ban a ounir las sues propiadades.

Esta anformaçon fizo cun que a Elizabeth le dira la risa, puis se le lhembrou la probe Menina Bingley. De pouco balerien todas las atenciones deilha, i ambalde i einútele la afeiçon pula armana del i ls agabones de que eilha lo arrodiaba, yá que el staba çtinado a outra.

“L Senhor Collins,” dixo eilha, “fala mui bien tanto de Lady Catherine cumo de la filha; mas por algues pequeinhas cousas que el cuntou a respeito de sue Eicelença, cuido que la gratidon del nun lo eilude, i anque eilha seia l’ama del, nun passa dũa tie chena de proua i de perjunçon.”

Cuido que dambas las cousas, i an degrau mui alto,” respundiu Wickham; “Yá muitos anhos que nun la beio, mas lhembra se me de nunca haber angraciado cun eilha i de ls modos deilha séren outoritairos i ansolentes. Ten la fama de se tratar dũa pessona mui sensible i spierta; mas cuido que essas culidades mais le bénen de la posiçon social i de la fertuna, an parte de l sou feitiu outoritairo, i l restro de la proua pul sobrinho, que antende que quien cun el se relaciona ten de tener ũa anteligença de purmeira catadorie.

Elizabeth recoinciu que el habie retratado todo mui bien, i dambos a dous cuntinórun a cumbersar mui cuntentos, até que la cena acabou cun l jogo, assi deixando que las outras ties partecipáran tamien de las atenciones de l Senhor Wickham. Tornara se ampossible cumbersar por bias de l rugido de la cena de la Senhora Philips, mas ls modos ancantórun a todo mundo. Qualquiera cousa que el dezisse, era bien dezida; i todo l que el fazie, era feito cun grácia. Elizabeth fui se ambora cula cabeça chena del. An to l caminho para casa, nun fui capaç de pensar an mais nada a nun ser ne l Senhor Wickham, i an todo l que el le dezira; mas nun pudo, na carruaije, amentar sequiera ne l nome del, yá que nien Lydia nien l Senhor Collins se calhórun un cachico sequiera. Lydia falou l tiempo todo de belhetes de loterie, de las partidas que ganhara i de las que perdira; i l Senhor Collins çcrebindo l’amablidade de l Senhor i la Senhora Philips, dezindo que an nada lo preacupában las perdas al whist, cuntando todos ls pratos de la cena, i a falar sien paraije ne l miedo de star a anquemodar algue de las primas, cun muito mais para dezir do que iba a ser capaç antes que la carruaije parasse delantre la Casa de Longbourn.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

The Voice

"In a small village outside the city of Vision, the people know no sorrow or grief. But this seemingly idyllic community is hiding a terrible secret. As a young child, Nalah did not know why she was told to bring a cake to the mute girl known as the Voice whenever she was upset, only that doing so made her feel better. Now grown, Nalah understands the dark truth, and yearns to escape from the oppressive village that has been her life-long home. But it is only after visiting the city of Vision and discovering the Temple of Sorrow that Nalah understands what she must do to be free…"

Esta foi uma das minhas primeiras leituras no meu Kobo e foi, tenho que confessar, a primeira coisa que consegui ler de fio a pavio em inglês. Na verdade, tinha algum medo de não conseguir alcançar o objectivo mas decidi comprar e tentar (afinal custou menos de 3€ na fnac!!) e valeu a pena. Tinha medo que a escrita da autora não fosse tão fácil ou fluída no original mas estava enganada. Foi fácil, muito agradável e rápido.

The Voice é uma noveleta do mundo de Efémera que pode perfeitamente ser lida por quem não está totalmente familiarizado com aquele mundo que muda consoante os desejos dos corações ou de acordo com aquilo que cada um merece. Na verdade, só já numa fase final desta noveleta nos deparamos com esse peculiar aspecto.

A maior parte desta narrativa é passada numa aldeia onde tudo parece idílico e os problemas se resolvem com um simples bolo. Quem nunca quis viver sem tristezas nem desgostos? Quem nunca sonhou ter apenas dias plenos de alegria, ou pelo menos de normalidade, dias agradáveis na sua vida? Pois nesta aldeia a solução para estes tão humanos e mundanos problemas foi encontrada. Cada vez que alguém esta a ter um dia mau ou é assaltado por uma súbita ansiedade ou problema, basta-lhe fazer um bolinho seguindo a receita e dirigir-se à casa da Voz que o comerá depois de sorrir. No fim, todos se levantam muito mais leves e felizes, prontos para continuar com os afazeres do dia. Mas será mesmo assim? Será que todos são felizes?

Aos dez anos, Nalah assiste a um episódio nada feliz - alguns rapazes correm atrás da Voz, molestando-a. No meio da confusão, o lenço que sempre lhe cobre a cabeça e o pescoço cai e o que está por baixo não são memórias felizes. Desde esse dia, Nalah evita levar bolinhos à Voz. Questiona-se sobre as origens da rapariga (origens que ninguém parece conhecer), sobre o passado e sobre a ética e rectidão da atitude geral de (literalmente) encher uma jovem com os problemas alheios, servindo-lhos num embrulho doce. Sim... Nalah acaba por descobrir como funcionam os bolinhos. Também descobre dúzias de segredos que não são assim tão secretos. Cada dia que passa faz com que se torne mais simples ver a hipocrisia que rege a sua aldeia e a verdadeira natureza de todos os seus habitantes, bem como dos anciãos que a regem. Todos estão dispostos a tudo para viver num lugar idílico e sem problemas de monta, dispostos a destruir completamente qualquer comportamento, ou pensamento, que não se encaixe nos padrões estipulados.

Ainda que toda a narrativa seja feita por Nalah, ficamos a conhecer as suas duas melhores amigas (e a vida delas) e outros personagens que vão ser cruciais no desfecho da estória. Não posso escrever muito sobre isso sem revelar o final e sem termos aqui grandes spoilers. Posso, isso sim, adiantar que a jovem vai desafiar as ideias impostas e confrontar o mundo que sempre conheceu. Nas personagens de Nalah, Kobrah e Tahnee vamos conhecer a personificação da revolta e de um espírito combativo que não aceita que lhe seja imposta uma  realidade com a qual não concordam. O mundo lá fora rege-se por outras regras e ninguém deixa de ser quem é por carregar nos ombros um sentimento menos feliz.

The Voice é uma história de injustiça, de sonhos quebrados e concretizados, de ganância e hipocrisia mas também de amor e amizade que nada pede em troca; uma narrativa especial recheada de personagens fortes  e com uma moral, uma ideia subjacente, que nos deixa a pensar no rumo do mundo e das nossas próprias vidas. Além disso, com Nalah e os segredos que ela descobre, Anne Bishop introduz, uma vez mais, temas que parecem ser-lhe caros - o abuso de jovens e mulheres, a violação, as dificuldades das vitimas em livrar-se dos seus opressores/agressores... Neste aspecto, a aldeia fez-me lembrar Briarwood do mundo das Jóias Negras.

7,5/10


Não posso publicar o post sem deixar de dizer o contente que fiquei com o destino dado ao vilão da trama. Bishop consegue sempre fazê-los sofrer na medida certa... :)

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Passatempo 4º aniversário

Ora, o prometido é devido e, visto que o dia ainda não acabou, está mesmo na hora de lançar um passatempo para comemorar o nosso aniversário. :) 

"Em jogo" está um pack:



Para se habilitarem a ganhar estes dois títulos têm apenas que responder acertadamente às seguintes questões:

1- Qual o último passatempo lançado neste blog?
2- Normalmente o que antecedia e anunciava alguns dos passatempos?
3- Qual a primeira crítica publicada no blog pela Alice?
4- Qual a primeira crítica publicada no blog pela Bailarina?
5- Aquando do 2º aniversário do blog publicámos uma entrevista. Quem foi o autor entrevistado?

Todas as respostas podem ser encontradas no blog (é só pesquisar) e devem ser enviadas até às 23:59h do dia 18 de Janeiro para o mail do blog (sombradoslivros@gmail.com) juntamente com o vosso nick de seguidor do blog e os vossos dados pessoais (nome, morada, e-mail). 
Serão aceites participações apenas de Portugal continental e ilhas. O sorteio será feito através do random.org e o vencedor contactado via mail e publicado no blog.

Boa sorte a todos os participantes!!

4 anos à Sombra dos Livros

Foi há 4 anos, precisamente a esta hora, que, depois de algumas semanas de ponderação, dei inicio a este blog.
O primeiro post foi sobre "Guerra dos Tronos" do Martin. Um livro tão bom, com uma leitura tão especial deve ter dado alguma sorte porque, apesar dos altos e baixos, das alturas mais complicadas e de várias atribulações pelo caminho, ainda aqui estou. 
Tenho tido o apoio de muita gente ao longo deste caminho - da família; das outras colaboradoras deste blog (toca a trabalhar meninas que há uns tempos que não dão um ar da vossa graça...!!!); de outros bloggers que, apesar de terem mais que fazer e de terem os seus cantinhos com que se ocupar, não deixam de me dar apoio e de me incentivar a fazer mais e melhor (vocês sabem quem são); de algumas editoras e colaboradores das mesmas (aqui, desculpem todos os outros, não posso deixar de agradecer especialmente à Carla Sota da Presença); e, como é óbvio, de centenas de pessoas que não conheço mas que visitam regularmente este espaço. Muito obrigado a todos, é por vossa culpa e dos vossos feedbacks que ainda aqui continuo (se quiserem que eu desapareça já sabem o que fazer... ignorem-me ou mandem-me simplesmente "calar"!!  :) ). Espero que, apesar de a vida nos reservar muitas surpresas, ainda possa comemorar muitos anos convosco à Sombra dos Livros.


imagem retirada daqui


E o passatempo? perguntam alguns de vocês. Pois é... Não me vou queixar, isto é um post de alegria e reconhecimento tanto para nós deste lado como para vós, por isso vou-me deixar de lamechices (até porque não tenho jeito para isso) e pedir-vos apenas que se mantenham atentos durante o dia de hoje porque (a malta está aqui a organizar-se e nunca se sabe...!!) ainda pode haver surpresas...

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Antes do Futuro

Título: Antes do Futuro
Autor: Jay Asher e Carolyn Mackler
Edição: Ed. Presença
Colecção: Noites Claras
Nº de páginas: 320
ISNB: 9789722348942

Ler excerto aqui

"Estamos em 1996. Quando Josh instala um CD-ROM que dá acesso a cem horas de internet gratuitas no computador de Emma, sua vizinha e melhor amiga, são ambos transportados para uma estranha página chamada Facebook onde veem versões de si mesmos quinze anos mais velhos. As suas relações, amigos, filhos, carreiras, férias... todas essas informações estão na internet e alteram-se consoante as decisões que eles tomam no dia a dia. À medida que tomam consciência do que a vida lhes reserva no futuro, Josh e Emma são obrigados a confrontar-se com o que estão a fazer certo e errado no presente..."

Antes do Futuro é um daqueles livros que nos deixam a pensar "e se...". Em 1996, Emma recebe um computador com ligação à internet (daquelas que ocupavam a linha telefónica  e que nos obrigavam a andar a mudar a tomada de ligação a toda a hora.), coisa pouco usual à época, se bem se lembram. Quando cria um endereço de e-mail, Emma vai parar a uma página estranhíssima, chamada facebook e percebe que está a ver o seu futuro.

Jay Asher e Carolyn Mackler conseguem como ninguém criar um grupo de adolescentes dos anos 90. Na minha opinião, o modo como retratam a juventude da época e as relações sociais numa escola e entre os diversos grupos, só pode significar que se lembram ambos muito, muito bem de como as coisas eram naquela altura. Não sei quem escreveu o quê mas o livro é-nos relatado a duas vozes; tanto intervém Emma como o seu vizinho e amigo de infância, Josh. São dois personagens muito diferentes, ele é mais tímido e comedido, mede mais as suas acções e as consequências que daí podem advir, enquanto que ela é mais emotiva, agindo mais por impulso e sem pensar muito bem nas coisas, sem saber bem aquilo que deseja na sua vida.
Numa fase inicial é engraçado ver o que os personagens pensam da página que lhes aparece no ecrã. Ficam sem compreender porque é que no futuro as pessoas quereriam ir para a internet contar a sua vida, comentar a vida dos outros, tornar públicas as suas fraquezas e as suas conquistas. De facto, à época, se me tivessem dito como ia ser a vida hoje acho que tinha pensado que o mundo ia ficar louco ou que me estavam a enganar. Faz-nos pensar como evoluiu o mundo e nós com ele.

À medida que a história vai evoluindo vamos conhecendo a vida amorosa dos dois personagens principais, ficamos a conhecer as  suas dores, preocupações e ambições. Josh ama Emma desde sempre mas, para ela, ele é como um irmão -  são os atletas lá da escola que lhe prendem a atenção, embora nunca se deixe envolver verdadeiramente numa relação. Entre os dois jovens há um fosso criado pela declaração de Josh e pelo facebook que, em partes iguais, os une e os separa. Josh fica contente com o que o futuro lhe reserva (um casamento e filhos com a miúda mais popular da escola), já a Emma nada lhe agrada e decide usar todas as armas ao seu alcance para mudar aquilo que vê na internet. E é aqui que entram os "e se...". As atitudes de Emma relativamente à sua vida e às vidas e decisões dos seus amigos mais chegados fazem-nos pensar nas nossas próprias atitudes e decisões. E se tivéssemos agido de forma diferente em dada situação quais seriam as repercussões na nossa vida actual? E como é que esta ou aquela atitude mudou a vida dos que nos rodeiam? 

No final... bem, no final percebemos que a vida tem mais sabor e tudo tem uma cor diferente se vivermos o momento, se não forçarmos determinados acontecimentos e aceitarmos aquilo que o destino nos reserva. É esta a grande lição a tirar deste livro. Devemos ponderar bem as nossas acções e pensar nas suas consequências na nossa vida e na vida dos outros mas devemos também aceitar o que a vida nos reserva e não nos preocupando excessivamente com o que acontece ou como acontece nas nossas vidas. 

Um livro que se lê muito bem e depressa e que tanto pode ser lido por um adulto, que o apreciará pelas memórias que desperta e pelas questões que levanta, como por um jovem adolescente que irá decerto receber a mensagem e apreciar as histórias de amor e amizade tanto dos protagonistas como dos amigos destes.

7/10