sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Aquisições de Fevereiro (2014)

Se bem se lembram, no início deste ano tinha prometido a mim mesma que ia ser uma boa menina, ia portar-me muito bem e não ia gastar tanto dinheiro em livros. Pois bem, penso que não me tenho saído mal de todo :) . Os primeiros livros que comprei este ano foram os que vos vou apresentar agora. Até à data tenho andado a ler as minhas prendas de Natal e alguns livrinhos que aqui estavam esquecidos em casa.
Claro que nem tudo são rosas!! Comprei-os este mês e já os li (podem esperar as opiniões para breve :) )e, como a biblioteca aqui da terra é para lá de muito pobre, o futuro adivinha-se negro... (seja porque vou gastar mais dinheiro - coisa que duvido porque dinheiro é coisa que não tenho!! - seja porque vou ler menos - esta ideia também não me agrada nada). Ainda assim, há alguma esperança porque há por aqui por casa umas coisinhas que ainda não li e às quais posso dedicar-me. :)




Lá mais para o início deste mês não consegui resistir. O primeiro título já andava debaixo de olho há uns tempos e a Flavia... Bem, é a Flavia e nada mais há a dizer. Simplesmente não consegui resistir quando soube que ia sair o novo do Sr. Bradley.



Já no início desta semana deu-me uma vontadinha maluca de ler este livro. Ora, os senhores da wook que são uns queridos e me costumam adivinhar as vontades fizeram um dia de descontos e... só não estraguei tudo porque usei o montante que tinha em PPL e o livrinho acabou por me custar apenas 3€ (WHAT??? Ah, pois foi...). 

Boas leituras

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Os Adivinhos

Título: Os Adivinhos
Saga/série: Os Adivinhos (The Diviners, #1)
Autor: Libba Bray
Edição: Edições ASA
Nº de páginas: 580
ISBN: 9789892324692


"Evie O'Neill foi exilada da sua monótona e pacata cidade natal e enviada para as agitadas ruas de Nova Iorque - e fica radiante! Nova Iorque é a cidade dos bares clandestinos, das compras e dos cinemas! Pouco depois, Evie começa a andar com as glamorosas «Ziegfield Girls» e com atraentes carteiristas. O único problema é que Evie tem de viver com o seu tio Will, curador do Museu Americano de Folclore, Superstição e Ocultismo - também conhecido como «O Museu dos Arrepios», homem com uma pouso saudável obsessão pelo oculto.

Evie receia que ele descubra o seu segredo mais sombrio: um poder sobrenatural que até ao momento só lhe causou problemas. Porém, quando a polícia encontra uma rapariga morta que tem um estranho símbolo gravado na testa e Will é chamado ao local, Evie percebe que o seu dom pode ajudar a apanhar o assassino em série.
Quando Evie mergulha de cabeça numa dança com um assassino, outras histórias se desenrolam na cidade que nunca dorme. Um jovem chamado Memphis é apanhado entre dois mundos. Uma corista chamada Theta anda a fugir do seu passado. Um estudante chamado Jericho esconde um segredo chocante. E sem que ninguém saiba, algo sombrio e maligno despertou."


Já muito tinha lido na blogosfera acerca de Libba Bray e dos livros por ela escritos e nunca me tinha debruçado sobre nenhum talvez pelo facto de não haver muitos traduzidos para a nossa língua. Esta realidade mudou depois do natal por causa de uma das prendas que recebi :) E ainda bem!!

Ora, não é que o livro seja uma obra prima mas a verdade é que o li quase em tempo record e não conseguia deixá-lo de lado. A leitura rapidamente se tornou compulsiva apesar de a meio do livro a narrativa assumir contornos um pouco estranhos. Mas... lá estou eu. Os contornos podem ter-se tornado algo estranhos para mim, ou eu podia não estar à espera daqueles desenvolvimentos mas a verdade é que um morto que não está morto mas está morto não é coisa que se me encaixe com a maior das facilidades (desculpem lá o spoiler mas também acho que ficaram na mesma e não perceberam nada... :) ). Adiante...

O ponto forte deste romance policial e paranormal, como já foi escrito muitas vezes por aí, é sem qualquer margem de dúvidas o retrato dos anos 20. Nota-se que a autora se deu a um enorme trabalho de pesquisa para poder fazer um enquadramento realista da sua história e, melhor que isso, chega mesmo a parecer que viveu nessa época. Não é só o leitor conseguir perceber que houve muita pesquisa, é a qualidade das gráficas e coloridas descrições que de tão vividas nos deixam com a ilusão de que a autora viu de facto aquela realidade, viveu nos anos 20 frequentando os speakeasy e dançando ao som dos blues e jazz tocados por músicos negros cheios de swing. Adorei, momentos houve em que parecia que estava a ver um filme tal era o realismo das descrições. Para este realismo e para a criação do ambiente bem como para a contextualização da narrativa na época, servem também os personagens. Para ser muito sincera devo dizer que o mais fraco personagem de toda a galeria que nos é apresentada é mesmo Evie, a personagem principal. Uma menina mimada que tem a mania que é "muito à frente", muito rebelde. Consegui rir-me de algumas circunstâncias ligadas a esta personagem mas não gostei especialmente dela, chegou a ser enervante em determinadas alturas. Ainda assim, há muitos outros personagens que compensam a personalidade da Evie e que nos servem para conhecer melhor as realidades de uma época em que nem tudo são luzes e brilhos. Temos a jovem que casou cedo e fugiu do marido abusivo, o jovem talentoso que esconde que é gay, o típico gangster de trazer por casa que é como quem diz o jovem desordeiro que só precisa de alguma atenção, o Dr. inteligente e conceituado cuja fortuna se encontra completamente delapidada, o jovem negro que quer uma vida melhor...  Embora dito assim se possa ficar com a ideia de que são apenas estereótipos posso garantir que estão longe disso e que a grande maioria são personagens com profundidade e que se vão revelando ao longo da narrativa. São uma panóplia sem fim de personagens cativantes e com as quais nos identificamos de uma maneira ou de outra.

Além dos personagens e do magnifico ambiente dos anos 20 temos os aspectos paranormal e suspense que, como podem calcular, se encontram interligados. Cedo na narrativa nos apercebemos que existe um sem número de pessoas que possuem talentos verdadeiramente surpreendentes e muito pouco naturais que os tornam diferentes. Mais tarde conseguimos compreender que esses talentos os podem colocar seriamente em perigo mas nem no final do livro conseguimos compreender completamente o porquê. Até porque os talentos que estas pessoas possuem são muito distintos uns dos outros. É como se os Adivinhos pudessem, sozinhos, fazer uso dos seus dons para melhorar pequenas coisas à sua volta mas precisassem de se unir todos para poder combater o grande mal que aí vem. Saberemos mais nos próximos volumes. Quanto ao suspense... O mistério está lá e a coisa está bastante bem concebida. Assassínios macabros e praticamente inexplicáveis acontecem em circunstâncias estranhas e deixam a cidade em pânico. De um modo ou de outro, os personagens vêm-se envolvidos nesses mesmos crimes... O leitor vai conseguindo adivinhar alguns dos passos dados pelos personagens mas há alguns twist's interessantes. Ainda com relação ao sobrenatural, ao paranormal e toda a sorte de crenças e superstições, a autora apresenta-nos de forma mais ou menos breve inúmeras igrejas e cultos religiosos e liga o mistério directamente à passagem do cometa Halley. É interessante compreender todas as catástrofes e superstições ligadas à passagem do cometa ao longo da História do mundo. A única coisa que estraga um pouco a narrativa neste aspecto é o desenlace paranormal que se prende com o grande vilão da história. Não fiquei satisfeita com este desfecho. Foi algo confuso e não ficou muito bem explicado. Mas talvez este seja outro aspecto que possa vir a mudar em futuros volumes pois este volume é, em minha opinião, uma espécie de introdução para algo maior e muito mais obscuro que está para vir.

Concluindo, gostei bastante desta narrativa em que a descrição e os factos históricos se entrelaçam muito bem com os aspectos paranormais e de suspense, embora sejam muitas as coisas que ficam por explicar e que o leitor não consegue mesmo alcançar. (Tenho pena de não me conseguir explicar muito melhor sem entrar em spoilers enormes - mais ainda do que os que a sinopse apresenta!!) Vou, sem dúvida alguma, ler os próximos volumes. Recomendo a quem goste de um bom thriller e dos loucos anos 20.

7,5/10

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Grande Aventura dos Livros GRÁTIS


Ah, pois é minha gente!! A Presença está com um passatempo espectacular, livros grátis para todos os gostos. Só têm que carregar aqui ou  na imagem e jogar para poderem ganhar um (ou mais) exemplares.
Boa sorte!

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

O Voo do Corvo

Título: O Voo do Corvo
Série/Saga:  Shadowfell (Shadowfell, #2)
Autor: Juliet Marillier
Edição: Planeta
Tradução: Catarina F. Almeida
ISBN: 9789896574505
Nº de páginas: 400


"Depois de concluir a sua longa e árdua viagem até à base dos Rebeldes em Shadowfell, Neryn tornou-se uma parte vital da rebelião contra o tirânico rei Keldec. Cada passo que dá no sentido de aperfeiçoar os seus dons e afirmar-se como uma Voz poderosa e única na sua geração leva-os mais perto da meta pretendida. Mas, primeiro, Neryn terá de procurar os Guardiães das quatro Vigias para completar o seu treino e o tempo escasseia. Entretanto, Flint, o espião rebelde por quem se apaixonou, foi de novo chamado à corte de Keldec. O laço que os une é tão forte que, mesmo à distância, se procuram em sonhos, partilhando momentos preciosos - ainda que inquietantes - da vida um do outro. 

Os Rebeldes vêem com desconfiança este novo amor. Permitir que a emoção se sobreponha à lógica fria do movimento pode pôr tudo em risco. No fim, o amor poderá revelar-se a força motriz da esperança ou a brecha traiçoeira na armadura da rebelião."


Lembro-me de ter pensado, quando li o primeiro volume de Shadowfell (no final de 2012), que no meu entender, Juliet Marillier estava a caminhar a passos largos para a redenção. Depois de nos ter contado algumas histórias com uma voz que só vagamente tinha algumas semelhanças àquela a que há tantos anos nos vinha habituando, quer-me parecer que a autora reencontrou o seu caminho. Esta série parece-se muito mais com aquelas aventuras e mistérios em Sevenwaters, por exemplo, do que seria de esperar.

Não posso dizer que este segundo volume tenha sido tão cativante como a anterior. Apesar de algumas surpresas e de no final conseguirmos compreender que a protagonista, de facto, evoluiu muito a vários níveis ao longo deste livro, muitas vezes o ritmo da narrativa era tão lento, ou tão acelerado que ficava com a sensação de que não estava a acontecer nada ou de que tudo estava a acontecer de repente quando na verdade se passava precisamente o contrário. Não sei se me fiz entender... O ritmo da narrativa e aquilo que era narrado nem sempre coincidiam, houve alguma falta de harmonia a esse nível. 

Apesar de tudo, a autora consegue redimir-se com a história em si (que graças aos deuses não tem um daqueles amores melosos a interferir), com alguns dos seus personagens e sobretudo com as descrições. Com um ambiente medieval como pano de fundo, as descrições que nos são oferecidas são qualquer coisa de delicioso. Não foram poucas as vezes que consegui estar numa ilha verde no meio de um oceano, ouvindo as gaivotas à minha volta; ou que dei por mim no cimo de uma montanha com a floresta a rodear-me. 
No que aos personagens diz respeito, penso seriamente que Neryn, a personagem principal, é a mais fraca das criações de Marillier para este livro. Tem falta de confiança, é muito ingénua e, por vezes, chega a ser sonsa. Irrita um bocado o leitor que está à espera  de mais da suposta salvadora da nação. Os personagens secundários são muito mais complexos, mais misteriosos, menos sonsos e trazem-nos muito mais surpresas que esta jovenzinha. Gostei especialmente desta nova Tali, tal como dos gémeos.

Uma das características que voltámos a ver muito presente, tanto de forma directa como de forma indirecta, nesta nova narrativa é a eterna dualidade entre o bem e o mal, esperança e desespero... É, na verdade, uma constante em quase todos os livros da autora. Neste volume em específico, há uma oposição permanente entre forças opostas mas também um equilíbrio que se encontra quase sempre em "locais" inusitados - sejam eles lugares físicos, os corações de alguns intervenientes na trama ou, até, um casal real e a sua guarda.

Não posso dizer muito mais sem cair em spoilers (e isso é coisa que ninguém quer) e, na verdade, é muito complicado falar deste livro sem falar da história em si. Apenas posso dizer que o final, apesar de previsível em muitos aspectos, trouxe uma ou duas surpresas que me deixaram com imensa vontade de ler o próximo livro (sai em Julho na versão original) e saber como as coisas podem evoluir a partir deste ponto. Gostei de voltar a "ter um cheirinho" da minha velha Juliet Marillier.

7/10

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Top Ten Tuesday - top ten books that will make you swoon

Ora, Top dos dez livros que te farão desmaiar?!? Ou eu estou a ver muito mal a coisa ou ainda nenhum livro me fez desmaiar e dificilmente isso irá acontecer algum dia. Posto isto, em vez de traduzir "à letra" decidi-me por uma tradução mais livre e que me pareceu mais correcta. Livros que te farão extremamente feliz, ou livros pelos quais anseias muito... qualquer coisa deste estilo me parece algo mais adequada. 
Assim sendo, pus-me aqui a pensar e decidi que há alguns livros que quero muito ler e me farão muito feliz no dia em que chegarem aqui a casa, mas também há alguns que já aqui estão e por cuja leitura anseio. São eles:










Além destes há, obviamente, a necessidade de acrescentar o próximo volume das Crónicas de Gelo e Fogo do senhor Martin  mas... enfim, com tanta coisa a acontecer na vida do senhor não se sabe muito bem quando é que tal iguaria estará disponível. Esperemos que não demore muito tempo porque ele já não vai para novo. Mas isto sou só eu a dizer... :)