sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Mortinha por lhe deitar a mão...

Rodrigo McSilva divulgou hoje a capa de um dos próximos títulos da colecção Via Láctea. Escritos Ancestrais é o primeiro volume da série Campos de Odelberon e, segundo o autor, será editado já no próximo mês de Setembro embora a data exacta ainda não seja conhecida. Eu espera que seja na primeira quinzena porque há meses que o Rodrigo me anda a deixar com água na boca...

Não posso adiantar-vos a sinopse apenas dizer que os personagens serão principalmente deuses dos panteões grego, eslavo, celta e nórdico. Deixo-vos a belíssima capa criada por Tiago da Silva, autor de algumas das minhas capas preferidas da colecção Via Láctea. Podem dar uma espreitadela ao trabalho deste artista aqui.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Chocky, o amigo invisível

Título: Chocky, o amigo invisível
Autor: John Wyndham
Edição: Ed. Presença
Colecção Lado B
Nº de páginas: 156

"A família Grove já se tinha confrontado com a amiga imaginária da pequena Polly, a filha mais nova. Tinha sido um período atribulado mas, assim como viera, fora esquecido. Porém, quando já não seria de esperar, é Mathew que aos onze anos começa a ter estranhos diálogos com um personagem aparentemente imaginário. A princípio, os pais tentam não se preocupar, mas torna-se evidente que, longe de ser imaginário, aquele «amigo» possui características claramente alienígenas. A situação acaba por se descontrolar e Mathew fica exposto à atenção dos meios de comunicação e, mesmo, dos sombrios lobbies governamentais"
Chocky é um pequeno grande livro, uma verdadeira estória de ficção cientifica "à moda antiga" como já há muito não tinha o prazer de ler. Tudo começa quando o pai de Mathew ouve o filho travar uma acalorada discussão consigo mesmo, quando comenta o facto com a mulher ambos temem a "presença" de um amigo imaginário não apenas porque o rapaz já tem 11 anos mas, sobretudo, porque a irmã mais nova de Mathew teve um amigo imaginário que deu muitas dores de cabeça à família.
Pela voz do pai de Mathew o autor guia-nos pelo dia-a-dia da família e pelas dificuldades com que os seus membros se deparam sem que em momento algum deixemos de nos interessar pela estória e de nos preocupar realmente com a situação vivida por Mathew. O jovem, tal como os que o rodeiam, não compreende o porquê de ouvir aquela voz dentro da sua cabeça, uma voz que nem sequer quando está doente o deixa dormir e que o leva a adoptar comportamentos pouco usuais em crianças da sua idade - como começar a usar novas técnicas nas aulas de física ou o código binário nas de matemática. As diferentes reacções ao problema e a descrição do sofrimento de toda a família são um dos pontos altos desta narrativa pois conseguem demonstrar-nos com imenso realismo o que alguém poderia ter que enfrentar numa situação semelhante: a irmã mais nova fica cheia de ciúmes porque Mathew lhe rouba o protagonismo em casa; a mãe recusa-se a aceitar que algo exterior influência o seu filho, não abre mão da ideia do amigo imaginário; na escola dizem que o jovem está louco; e, por último, o pai, assustado com a ideia de que um ser estranho possa entrar na cabeça do seu filho, enfrenta a situação de forma mais inteligente e com uma mente muito aberta que lhe permitirá não apenas ajudar Mathew mas ouvir alguns dos segredos mais bem guardados do mundo. Apesar de todas as dificuldades vividas e das lutas travadas a ternura e a humanidade dos personagens são uma constante.
Outro dos pontos que mais chamam a atenção neste pequeno livro é a caracterização dos extraterrestres que nos são apresentados como seres de uma inteligência muito superior à dos humanos, jogando-se com a possibilidade de algumas das maiores invenções e descobertas da humanidade terem origem extraterrestre e não humana. Claro que hoje esta ideia não é nova mas na década de 60, aquando da escrita desta estória, era uma visão claramente revolucionária e modernista. Aliás, todo o argumento é carregado de originalidade e surpresas, muito coerente e a narrativa mantém um ritmo constante que facilita muito a leitura. O final não deixa grande espaço à imaginação, é realmente um final efectivo mas isso não retira em nada o encanto ao livro.
Recomendo a todos os fãs de ficção científica e aos que queiram desfrutar de bons momentos de leitura com uma estória com a graça da F.C original.
7/10
Podem ler um execerto aqui.

FALLEN Book Trailer

Fallen será editado em português no próximo mês de Outubro. Até lá, vamos vendo os traillers...

De volta...

Olá a todos!!
Escrevo este post como forma de vos pedir desculpas a todos. Por motivos pessoais e de ordem técnica (por incrível que vos possa parecer ainda há locais no nosso país em que ter rede nos telemóveis ou aceder à net é um completo sonho), não pude dar a este espaço a atenção que queria nas últimas semanas. Não houve publicações de opiniões, não pude agradecer (como sempre faço) aos participantes do passatempo, não actualizei qualquer tipo de notícias... Enfim, uma completa desgraça.
Mas agora a vida volta ao normal. Ainda hoje publicarei a minha opinião sobre "Chocky, o amigo invisível" e amanhã anunciarei o vencedor do passatempo e tentarei trazer novidades quanto às edições para Setembro e à visita de Joanne Harris a Portugal.
Até já...

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Joanne Harris em Portugal

Joanne Harris estará em Portugal de 15 a 17 de Setembro. A visita enquandra-se no lançamento da sua mais recente obra, O Rapaz de Olhos Azuis, no nosso país. Além de passar por Lisboa, a autora irá ainda marcar presença no Funchal (ainda não podemos adiantar mais nada mas daremos conta de todos os detalhes logo que possível).
O Rapaz de Olhos Azuis é um romance brilhante que tem como protagonistas uma família disfuncional, uma criança cega prodigiosa e um assassino em série que não é o que parece. O livro já se encontra em pré-venda na WooK. As primeiras encomendas recebem grátis um exemplar de A Praia Roubada e os interessados podem ainda aproveitar para adquirir outros livros da autora com descontos até 20%.
Além desta promoção está ainda a decorrer um passatempo cujo prémio será um jantar com a autora aquando da referida visita a Lisboa e um fantástico kit Joanne Harris, com um saco da autora e a colecção completa da suas obras. Para saberem como concorrer basta clicar aqui.
Não podendo adiantar mais nada por enquanto, deixo-vos a sinopse de O Rapaz de Olhos Azuis:

"Ele conhece-a há uma eternidade e, contudo, ela nunca o viu. É como se fosse invisível para a mulher que ama. Mas ele vê-a a ela: o cabelo; a boca; o rosto pequeno e pálido; o casaco vermelho-vivo na neblina matinal, como algo saído de um conto de fadas.Até agora, ele nunca se apaixonou. Assusta-o um pouco: a intensidade dessa emoção, a maneira como o rosto dela se intromete nos seus pensamentos, a maneira como os seus dedos traçam o nome dela, a maneira como tudo, de algum modo, conspira para que ela nunca lhe saia da cabeça…Ela não sabe de nada, claro. Tem um ar muito inocente, com o seu casaco vermelho e o seu cesto. Mas por vezes os maus não se vestem de preto e por vezes uma menina perdida na floresta é bem capaz de fazer frente ao lobo mau… "

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Passatempo Chocky, o amigo invisível

Está a partir de hoje disponível Chocky, o amigo invisível, o mais recente título da Ed. Presença. Para assinalar o lançamento da obra que já conta com adaptação cinematográfica de Steven Spielberg, com estreia prevista para 2010/2011, temos um exemplar para oferecer. Para se habilitarem a ganhar este livro basta enviar um e-mail para sombradoslivros@gmail.com com as respostas correctas às seguintes perguntas:
1 - Como se chama a irmã mais nova de Mathew?
2 - Qual a idade de Mathew quando começa a falar com Chocky?
3- Qual o aspecto mais característico dos alienígenas criados por John Wyndham?
4 - De que colecção da Presença faz parte este título?
As respostas deverão ser enviadas, juntamente com nome e morada até às 23:59 do dia 24 de Agosto.
Boa sorte a todos
Sinopse:
"A família Grove já se tinha confrontado com a amiga imaginária da pequena Polly, a filha mais nova. Tinha sido um período atribulado mas, assim como viera, fora esquecido. Porém, quando já não seria de esperar, é Mathew que aos onze anos começa a ter estranhos diálogos com um personagem aparentemente imaginário. A princípio, os pais tentam não se preocupar, mas torna-se evidente que, longe de ser imaginário, aquele «amigo» possui características claramente alienígenas. A situação acaba por se descontrolar e Mathew fica exposto à atenção dos meios de comunicação e, mesmo, dos sombrios lobbies governamentais."
Sobre o autor:
John Wyndham Parkes Lucas Beynon Harris, nasceu no Reino Unido, em Knowle a 10 de Julho de 1903, tendo vindo a falecer em 1969. Após ter tentado várias profissões, John Wyndham começou a escrever na década de 1930, mas o seu primeiro grande êxito deveu-o a O Dia das Trífides, publicado em 1951. Seguem-se diversos outros títulos, que inspiraram várias versões cinematográficas. O aspecto mais impressionante das suas obras é o facto de os invasores alienígenas não se apresentarem como monstros, mas surgirem discretamente dentro da normalidade do quotidiano. Interessante também, nas suas obras, é a visionária lucidez com que denuncia a exploração dos recursos ambientais pela humanidade.

domingo, 8 de agosto de 2010

La Mona L Maio

Título: La Mona L Maio
Autor: José Francisco Fernandes (Padre Zé)
Tradução: Alcides Meirinhos
Edição: Âncora
Nº de páginas: 95
Nota: Pela origem do livro (e por a minha também) este post é bilingue - tradução portuguesa abaixo. Pedem-se desde já desculpas por uma ou outra falha que possa existir no texto em Mirandês. Se algum interessado em adquirir este livro (em edição bilingue) tiver dificuldades em o fazer, por favor, basta enviar-nos um e-mal que nós ajudamos.
Hai cerca de 50 anhos l Padre Zé, que quaije solo falaba mirandés, propós-se passar pa l papel l mundo an que bebia. Cicouro, aldé “perdida” ne l Praino Mirandés ye inda hoije (i cumo todas las aldés daquela region) demasiado lhoinge de todo i de todos. Depuis de lhermos estes cuntos apercebemo-mos, nós ls que conhecemos la region, qu'anque to l progresso que marca este mundo cuntina a haber cousas que pouco ó nada mudan. Mesmo assi, hai defrenças i al lher estes cuntos nun pude deixar de me lhembrar de las stórias cuntadas a la lhume pul miu abó nas nuites de Ambierno, las stórias d'antigamente, las que ne ls lhieban a cumprender porque somos l que somos, d'adonde ne ls bénen aqueilhes eilemientos que tan bien caraterizan las gientes de l Praino stéiamos na nuossa tierra ó lhoinge deilha.
Nun stilo bien simples (i cumo nó) i nun ton coloquial l Padre Zé lhieba-mos nua biaige nun solo pul tiempo mas tamien pulas tradiçones, puls hábitos que se nun perden, pulas lhendas, pulas rotas de l cuntrabando, conhecendo gientes i lhugares que, por bezes, se rebelan mui semelhantes als que conhecemos hoije. Ye un lhibro qu'an to la sue simplicidade ne ls ajuda “a çcubrir más un cachico de quien somos, a acrecentar las rezones que mos lhieban a tener proua de sermos mirandeses i la repunsablidade que ye habermos ardado esta lhéngua.” Un berdadeiro retrato de la bida ne l Praino de ls anhos 20 i 30 (de l seclo XX).
Ua de las curjidades que marca este lhibro ye l fato d'hai 50 anhos l pobo mirandés nun tener ourgulho na sue lhéngua, çcunsideraba-a bendo-a solo cumo ua lhéngua menor para falar “an casa” i culs de casa. Talbeç por esso, l Padre Zé tenga decidido poner de parte la lhéngua mai i screbir estes cuntos an pertués. 5 décadas depuis, Alcides Meirinhos – la quien lhoubo ls sfuorços na dibulgaçon de la nuossa lhéngua i l'amor que le ten – deitou manos a l'obra i traduziu ls scritos de l Padre Zé pa la “lhéngua an que l Padre Zé gustarie de las haber screbido.” Para alhá de l prazer que me proporcionou esta lheitura i de l ótimo trabalho de l Alcides na traduçon i al trazer estas stórias a la luç de l die, nun puodo deixar de referir tamien l belíssemo trabalho d'eilustraçon de la Ana Fonso i l'antroduçon de Amadeu Ferreira.
7/10
PORTUGUÊS:
Há cerca de 50 anos o Padre Zé, que quase só falava mirandês, propôs-se passar para o papel o mundo em que vivia. Cicouro, aldeia “perdida” no Planalto Mirandês é ainda hoje (e como todas as aldeias daquela região) demasiado longe de tudo e de todos. Depois de lermos estes contos apercebemo-nos, nós os que conhecemos a região, que apesar de todo o progresso que marca este mundo continua a haver coisas que pouco ou nada mudam. Mesmo assim, há diferenças e ao ler estes contos não pude deixar de me lembrar das histórias contadas à lareira pelo meu avô nas noites de Inverno, as histórias de antigamente, as que nos levam a compreender porque somos o que somos, de onde nos vêm aqueles elementos que tão bem caracterizam as gentes do Planalto estejamos na nossa terra ou longe dela.
Num estilo bem simples (e como não) e num tom coloquial o Padre Zé leva-nos numa viagem não só pelo tempo mas também pelas tradições, pelos hábitos que se não perdem, pelas lendas, pelas rotas do contrabando, conhecendo gentes e lugares que, por vezes, se revelam muito semelhantes aos que conhecemos hoje. É um livro que em toda a sua simplicidade nos ajuda “a çcubrir más un cachico de quien somos, a acrecentar las rezones que mos lhieban a tener proua de sermos mirandeses i la repunsablidade que ye habermos ardado esta lhéngua.” Um verdadeiro retrato da vida no Planalto dos anos 20 e 30 (do século XX).
Uma das curiosidades que marca este livro é o facto de há 50 anos o povo mirandês não ter orgulho na sua língua, desconsiderava-a vendo-a apenas como uma língua menor para falar “em casa” e com os de casa. Talvez por isso, o Padre Zé tenha decidido pôr de parte a língua mãe e escrever estes contos em português. 5 décadas depois, Alcides Meirinhos – a quem louvo os esforços na divulgação da nossa língua e o amor que lhe tem – deitou mãos à obra e traduziu os escritos do Padre Zé para a “lhéngua an que l Padre Zé gustarie de las haber screbido.”
Além do prazer que me proporcionou esta leitura e do óptimo trabalho do Alcides na tradução e ao trazer estas histórias à luz do dia, não posso deixar de referir também o belíssimo trabalho de ilustração da Ana Afonso e a introdução de Amadeu Ferreira.
7/10

sábado, 7 de agosto de 2010

III Ancuontro de Bloguers Mirandeses

Cun muita pena nuossa, nun bamos poder ir... afinal de cuntas ye fiesta an San Martino i ua de nós ye mordoma. Inda assi, queda l porgrama i botos de buona quemida i bubida i de muita diberson i buona música. Yá saben, ls antressados ne l'ancuontro dében cuntatar:



Com muita pena nossa, não vamos poder ir... afinal de contas é festa em San Martino e uma de nós é mordoma. Ainda assim, fica o programa e votos de boa comida e bebida e de muita diversão e boa música. Já sabem, os interessados no encontro devem contactar:

Aventuras fascinantes com criaturas fantásticas

Quando falamos em fantasia, referimo-nos ao que é criado pela imaginação, o que não existe na realidade. Todo o texto fantástico tem elementos inverosímeis, e só assim é possível imaginar a existência da Sociedade Real para a Prevenção da Crueldade para com as Bestas (SRPCB), uma organização que tem como missão tentar salvar criaturas fantásticas.
Convidar o jovem leitor a imaginar-se membro da SRPCB é o mote para a mais recente colecção lançada pela BOOKSMILE. E coragem para enfrentar o perigo que espreita em todas as missões, condição obrigatória para viver intensamente a acção e aventura que se avizinham.
Uma História Mesmo Bestial é uma colecção de sucesso internacional, já com cinco livros publicados, e que tem como personagem principal Ulf, o pequeno lobisomem, que lidera uma equipa composta pelo gigante Orson, pela fada Tiana e pela Dra. Fielding, a veterinária da SRPCB. Os dois primeiros títulos editados em Porugal serão:
Lobisomem contra Dragão - "Ulf, o pequeno lobisomem, descobre um segredo negro e tenebroso quando um dragão entra na SRPCB (Sociedade Real para a Prevenção da Crueldade para com as Bestas).
Será que com a ajuda do gigante Orson, da fada Tiana e da Dra. Fielding, a veterinária da SRPCB, o pequeno lobisomem vai conseguir parar o caçador de bestas mais malvado de todo o mundo?
Lobisomem contra Dragão já foi considerado, pelo jornal britânico The Times, um dos livros do ano para crianças."
Monstros Marinhos e Outras Iguarias - "Um monstro marinho ferido é enviado para a SRPCB (Sociedade Real para a Prevenção da Crueldade para com as Bestas) e Ulf, o pequeno lobisomem, arrisca a vida para o salvar. Para isso, tem de enfrentar o malvado barão Marackai, que regressa ansioso por caçar novas bestas.
Conseguirá Ulf travar a cruel personagem? O futuro da SRPCB depende dele. Junta-te a Ulf, à fada Tiana, ao gigante Orson e à Dra. Fielding, a veterinária da SRPCB, em mais uma fascinante aventura desta colecção mesmo bestial."
O vídeo de promoção desta colecção está disponível aqui.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Passatempo e saldos em Agosto é com a Presença

Em época de calor e férias, a Editorial Presença tem excelentes notícias para os seus leitores.
Tem hoje início a Campanha Saldos de Agosto - o dobro do calor, metade do preço, 10 Livros por semana com 50% de desconto. Não percam e surpreendam-se ao longo de todo o mês de Agosto.
E até dia 5 de Agosto, podem ainda participar no fantástico passatempo que está a decorrer na página do Facebook da editora (http://www.facebook.com/home.php?#!/album.php?aid=194019&id=78849497955&ref=mf).

Também já está disponível mais um "livro com garantia", desta vez o livro eleito para campanha é "O Estranho Caso do Cão morto" de Mark Haddon do qual vos deixo a sinopse:

"Referido pelo The Times como «um dos melhores livros de 2003» O Estranho Caso do Cão Morto é muito divertido. Conta a história de Christopher Boone, um miúdo autista, com apenas 15 anos que vive enredado no seu próprio mundo, longe de tudo e de todos. Possui uma memória fotográfica e é um aluno excelente a matemática e a ciências mas detesta o amarelo e o castanho e não suporta que alguém lhe toque. Absorvido pela sua doença, Christopher desperta um dia quando encontra o cão da sua vizinha morto, no meio do jardim, com uma forquilha atravessada. A partir daqui nunca mais será o mesmo pois só descansará quando descobrir quem cometeu tão atroz crime. Uma obra de humor irónico, que irá em breve ser adaptada ao cinema, pois os direitos para filme foram já adquiridos pelos produtores de Harry Potter, contando com Brad Pitt como actor.Obra vencedora do Prémio Whitbread e do British Book Award/2004 nas categorias Ficção Literária e Livro Juvenil do Ano. "



Boas férias e óptimas leituras!

domingo, 1 de agosto de 2010

Hush, hush

Título: Hush, hush
Autor: Becca Fitzpatrick
Tradução: Alcina Marinho
Edição: Porto Editora
Nº de páginas: 319

"Apaixonar-se não fazia parte dos planos de Nora Grey. Nunca se sentira atraída por nenhum dos rapazes da sua escola, apesar da insistência de Vee, a sua melhor amiga.Então, aparece Patch. Com um sorriso fácil e uns olhos que mais parecem trespassar-lhe a alma, Patch seduz Nora, deixando-a completamente indefesa.Mas, após uma série de encontros assustadores com Patch, que parece estar sempre onde ela está, Nora não consegue decidir se há-de cair-lhe nos braços ou fugir sem deixar rasto.Em busca de respostas para o momento mais confuso da sua vida, Nora dá consigo no centro de uma antiga batalha entre imortais. E quando é chegada a altura de escolher um rumo, a opção errada poderá custar-lhe a vida."

A capa prometia; o título (podiam tê-lo traduzido) nem tanto; a publicidade feita antes e logo após a sua saída dava-o como um sucesso certo, um excelente substituto dos livros de vampiros. Comprei-o, li-o e... não gostei. Antes, porém, de enumerar os aspectos negativos devo realçar o trabalho de tradução e revisão pois, que me lembre, não encontrei erros, gralhas e afins.
Hush, Hush conta-nos a história de Nora e Patch, dois jovens supostamente estranhos e com problemas que são obrigados por um professor a trabalhar juntos. Embora reticente no que respeita a esta proximidade, Nora é incapaz de desligar e de ignorar a curiosidade crescente que sente em relação a Patch. Nesta fase inicial, introdução de personagens e a interacção dos jovens na sala de aulas e etc, o leitor é incapaz de não pensar que se trata de um decalque do livro Crepúsculo, que aquilo não é mais que uma cópia de uma história de outrém.
Com a evolução da história este sentimento tende a esbater-se e começamos a entrever as tramas paralelas, os mistérios que não envolvem directamente a personagem principal. Contudo, a melhoria não é significativa pois o mistério policial está extremamente mal construído e os anjos... Oh, os anjos!!
Se achei os outros personagens superficiais, sem qualquer densidade ou evolução, os anjos foram uma desilusão ainda maior, personagens sem ponta por onde se lhe pegue a fazer lembrar o estereótipo das meninas de claque americanas sem nada nas cabeças.
O final deixa tudo em aberto para o próximo volume, Crescendo, mas não me parece que me vá dedicar à leitura do mesmo embora na escrita da autora haja algo que nos faz virar as páginas, que nos desperta alguma curiosidade.
Talvez o maior defeito tenha sido meu uma vez que li este livro depois de Angelologia... Mesmo tendo este factor em conta, não gostei.
3/10