quarta-feira, 27 de março de 2013

The Queen's Army

"It is time. The boy must leave his family to serve in the Queen's army. To be chosen is an honor. To decline is impossible. The boy is modified. He is trained for several years, and learns to fight to the death. He proves to the Queen—and to himself—that he is capable of evil. He is just the kind of soldier the Queen wants: the alpha of his pack."

Depois de um mês algo calmo no que a leituras respeita (eu sei, estive um mês a ler umas miseras 350 páginas e ainda nem escrevi a minha opinião acerca delas...!! Mas está para breve.) hoje dei uso ao meu kobo. Na verdade, comecei ontem a ler esta short story do universo de Lunar Chronicles (Lunar Chronicles, #1.5 para os utilizadores do Goodreads e afins). Depois de ler o Cinder, fiquei curiosa acerca de alguns aspectos menos desenvolvidos naquele primeiro volume, um deles era o estranho exército da rainha Levana.

Os Lunares são, em alguns aspectos, bastante diferentes dos humanos, possuindo capacidades que para a nossa raça não passam de sonhos ou ficção que povoa livros e filmes (não peçam para adiantar mais que não quero entrar em spoillers). Mas se os dons desta raça já são, por si só, estranhos que dizer do seu exército? Tudo o que percebemos em Cinder é que aqueles que o constituem não são humanos ou lunares normais. Em The Queen's Army tudo se clarifica sendo o leitor convidado a seguir Ze'ev, um jovem lunar, desde a noite em que é literalmente arrancado à cama afim de se juntar aos recrutas (forçados, como é óbvio. Isto com a Levana não há voluntarismos...) até que ganha o direito de integrar uma força especial do exército. Pelo meio, as transformações físicas e psicológicas - forçadas e naturais - sucedem-se e Z vai ter que demonstrar maior força do que a que supunha ter para se ultrapassar a si mesmo a cada passo da sua estranha e perigosa jornada.

Gostei muito deste pequeno conto porque, além de nos mostrar mais acerca do exército lunar e do seu funcionamento, deixa muito em aberto para o próximo volume desta saga. Estou mais curiosa com o Scarlet  (que como o nome indica tem o Capuchinho Vermelho em destaquedo que supunha ser possível. A autora não defraudou e aplicou-se na transmissão dos sentimentos de Ze've conseguindo, logo nas primeiras páginas, criar uma grande empatia do leitor com o personagem. As descrições das cenas de luta e violência também estão bastante boas. É um conto violento, porque o ambiente e os personagens assim o obrigam, mas não é nada que choque demasiado. Há uma espécie de equilíbrio de forças que me pareceu bastante bem conseguido principalmente tendo em conta o público mais YA a que o título se destina.

Sendo um volume bastante pequeno não há muito mais a dizer (não querendo arriscar spoillers). Fiquei bastante contente comigo (outra vez!!!) por ter conseguido lera coisa toda em inglês mas, para quem quiser tentar e esteja algo receoso (pode haver aí mais gente como eu.), o vocabulário usado é bastante simples. Aberto o apetite com este conto, resta-me agradecer à Maria João que mo enviou e das duas uma - ou esperar pela edição portuguesa do Scarlet, ou ganhar coragem para me lançar a ele na versão original.

7/10

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