quarta-feira, 9 de março de 2011

Nineteen Eighty-Four

Título: Nineteen Eighty-Four
Autor: George Orwell
Edição: Everyman's Library
Nº de páginas: 311


“The story of Winston Smith presents the world in the year 1984, after a global atomic war, via his perception of life in Airstrip One (England or Britain), a province of Oceania, one of the world’s three superstates; his intellectual rebellion against the Party and illicit romance with Julia; and his consequent imprisonment, interrogation, torture, and re-education by the Thinkpol in the Miniluv.”

Este livro foi publicado por primeira vez em 1949, já anda por cá há algum tempo e vale sempre a pena lê-lo. Muitas das expressões que utilizamos hoje em dia vêm daqui, todos conhecemos a expressão Big Brother (por favor, não me digam que vem do programa de televisão!)

A acção passa-se em 1984... mais ou menos. O narrador não tem bem a certeza, uma vez que é quase impossível aperceber-se da passagem do tempo. O mundo está dividido em três: Oceania (que abrange o Reino Unido - onde a acção decorre -, o continente americano, Austrália e África do Sul), Eurasia (formado pela Europa continental e o norte do continente asiático) e Eastasia (China, Japão, Coreia, norte da Índia). Há uma parte do mundo que está constantemente a "mudar de mãos", o que faz com que exista uma guerra contínua e interminável entre os três países. Este é um mundo onde a liberdade e a privacidade não existem, tudo é controlado e até os pensamentos são puníveis. Em todas as casas, edifícios e até nalgumas ruas existe um telescreen, um ecrã que capta qualquer som acima de um murmúrio e vigia as pessoas 24h por dia. Todos são ensinados a pensar de certa forma e a não detectar erros lógicos, são ensinados a esquecer sem se aperceberem que esqueceram. O passado é alterado diariamente. O amor, o sexo, a amizade ou qualquer ligação entre pessoas são desencorajadas. As pessoas não são presas nem desaparecem, são totalmente apagadas. Não deixam de existir, nunca existiram. O mais assombroso: ninguém se revolta. Para a maioria, está tudo bem.

A sociedade está dividida entre o Partido Interno (classe alta), Partido Externo (classe média) e Proles (classe baixa). Winston, um homem de meia-idade do Partido Externo, trabalha no Ministério da Verdade que se encarrega de alterar o passado. Ele sim, quer revoltar-se! Não apoia este sistema e acredita que as Proles irão revoltar-se quando se aperceberem que têm poder para isso, mas sabe que não há nada que ele possa fazer e que nenhuma revolução acontecerá no seu tempo. Ainda assim, tenta. Através dele conhecemos outras personagens, algumas cegas ao que se passa e outras insatisfeitas como Winston. O’Brien, com quem Winston tem a sensação de poder falar de tudo; Julia, uma mulher que primeiro tem o desejo de assassinar e, mais tarde, acaba por sentir outro desejo; Parsons, um idiota (a meu ver) que acredita em tudo o que lhe é dito e é um escravo total do Partido.

Winston sabe, desde o momento em que decide começar a escrever um diário (algo proibido, claro), que vai morrer. Mais tarde ou mais cedo, vai ser apanhado e vai desaparecer. Nós, os leitores, queremos saber se ele tem razão ou não, quando vai acontecer, o que vai acontecer. Conseguem iniciar uma revolução ou vão falhar? Sobrevivem ou desaparecem? Aconselho a leitura a todos!


War is Peace
Freedom is Slavery
Ignorance is Strength


9/10

5 comentários:

Olinda Gil disse...

Um dos meus livros favoritos. Fiquei com saudades de o ler.

Vitor Frazão disse...

Clássico, dos clássicos :)
Um daqueles livros que toda a gente deve ler pelo menos uma vez.

Laura disse...

Quando li a sinopse deste livro pela primeira vez, a minha reacção foi "POR FAVOR!", mas a verdade é que se tem tornado cada vez mais atractivo. Até porque, entretanto, cresci mais um bocadinho, não é? xD

Anónimo disse...

Todos se referem a este livro como um clássico e eu ainda não o li!! Mon dieu!!

bjs*

Pequeno Ser disse...

Já o queria ler há uns anos, mas andava sempre a adiar. Ainda bem que finalmente lhe peguei, valeu mesmo a pena. Concordo que é um daqueles clássicos que toda a gente deve ler!