terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Acho que voltei!!!

Olá, olá

Não sei muito bem quantos de vocês ainda estarão ai por esse lado. Apraz-me pensar que algumas das pessoas que tão bem fiquei a conhecer (a nível virtual, claro) ainda possam por aqui passar de vez em quando na esperança de que eu, de algum modo, tenha decidido armar-me em fénix e ressuscitar das cinzas este meu cantinho.  Há alguns tempos que, confesso, ando com vontade de o fazer. Hoje decidi dar o primeiro passo nesse sentido e espero conseguir manter alguma regularidade. Sei que foram 2 anos de ausência mas... estava a precisar (sinceridade acima de tudo!!). O blog começou como uma coisa que eu fazia por prazer, para mim mesma e nos finalmentes já era uma obrigação, já começava a haver pressões que me eram alheias e o prazer... foi-se. Espero conseguir levar as coisas por um rumo diferente desta vez (vou mesmo esforçar-me. É para mim e para partilhar convosco algo que me dá muito gozo e nada, mas mesmo nada, mais que isso).

Em dois anos, devo dizer-vos, a minha vida mudou muito e houve momentos em que, mesmo que quisesse muito, nunca poderia ter mantido este espaço mas nunca, nunca deixei de ler (era o que faltava!!). Não tenho as estatísticas todas actualizadas mas posso dizer-vos, acaso estejam curiosos, que apesar dos números serem muito mais baixos, no ano de 2016 consegui ler 30 livros (alguns deles releituras) e que me comecei a aventurar nas leituras em francês (ah, ah... antes tinha medo do inglês, lembram-se?  Agora já devoro tudo. Inglês, francês, espanhol.... sempre a evoluir).
De todas as leituras de 2016 e cujas opiniões faltam, obviamente aqui  (posso tentar fazer algumas mais tarde mas, cumprindo a promessa lá de cima... Isto é para satisfação própria e não vou prometer coisas que não sei se cumprirei), posso mencionar os que mais me agradaram:

Maus - Foi uma das primeiras leituras do ano e adorei. É uma banda desenhada na qual o autor retrata a vida do pai sob o domínio Nazi e todas as consequências que isso acaba por acarretar no presente. Os judeus são retratados como ratinhos e os nazis como outros animais o que acaba por retirar um bocado a carga mais pesada que o relato poderia ter se feito de outro modo e torna a leitura mais fácil. 

Trono dos Crânios - Peter V. Brett voltou e eu não consegui resistir, obviamente. Neste volume notam-se cada vez mais as diferenças culturais entre dois povos em conflito aberto e os personagens crescem imenso conseguindo, no entanto, manter (e até criar) algum mistério quanto aos seus passados, aos seus futuros e sobretudo às tomadas de decisão. Longe de me esclarecer, fiquei com mais questões do que no início da leitura e (juro) quando terminei teria avançado logo para um novo volume se tal fosse possível.

Quinta Estação - Por fim, Mons Kellentoft dá-nos a conhecer o que aconteceu a Maria Duvall, personagem que nos acompanha desde o inicio desta saga (este é o 5º volume) num livro que, mais que revelador, é algo assustador. Numa Europa marcada pelo preconceito, racismo e corrupção em todas as áreas a polícia depara-se cada vez mais com crimes de gelar o sangue e com resoluções cada vez mais complicadas. Malin Fors, a detective e personagem principal, continua a revelar uma personalidade complexa e cheia de espinhos.

Saga Mistborn - Li a saga toda de seguida e sem conseguir parar para respirar entre volumes. Há muito que ouvia falar destes livros mas... nunca tinha acontecido. Shame on me, podia ter-me dedicado a eles mais cedo. Personagens complexas que nos enchem as medidas, um worldbuilding espectacular e uma intriga constante que não nos deixa desviar os olhos das páginas. Se ainda não leram não sabem o que estão a perder  (sei que estão um bocadinho carotes mas... aproveitem as promoções, vão à biblioteca, peçam emprestado... façam algo porque vale a pena).

Perguntem a Sarah Gross - passado e presente entrelaçam-se numa narrativa muito agradável e com algum mistério para nos revelar a vida de Sarah, uma sobrevivente do regime nazi. As descrições são muito vividas, dei por mim a ver o filme todo na minha cabeça enquanto os meus olhos absorviam o formato das letras, e coloridas e o final é bastante surpreendente. E, para melhorar as coisas, é de um autor português. :) Temos sempre  a mania que o nacional não presta, aqui está a prova do contrário. Leiam.

Malefico - aos restantes fãs de Donato Carrisi as minhas desculpas. O livro ainda não foi editado por cá mas quando, no verão, tive a oportunidade de o ler em francês não pude mesmo resistir. Não há muito a dizer, é o autor no seu melhor. Um mistério algo complexo com uma vertente de psicologia criminal muito forte, como é apanágio de Carrisi, e um Marcus completamente confuso e perdido que empresta outra aura à leitura. Adorei.

Deixo-vos por agora (vou fazer uma encomenda na wook.... :)) mas fico à espera dos vossos comentários e desafios. 
Até breve

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