Autor: Janet Paisley
Tradução: Elsa S. T. Vieira
Edição: Editorial Bizâncio
Nº de páginas: 378
"Numa época em que a guerra civil dividia a nação, Anne acreditou que podia bater-se com os melhores guerreiros. Pela espada. Por convicção. Por paixão. A Rosa Rebelde conta-nos a fascinante e turbulenta história de uma notável figura histórica, Lady MacIntosh, que ficou conhecida como coronela Anne. Foi uma heroína das Terras Altas da Escócia, uma encantadora rebelde, uma Braveheart que arriscou tudo, incluindo a sua vida, por amor ao seu país e ao seu rei. Fruto de uma cuidada investigação histórica, e com notável mestria, Janet Paisley criou uma extraordinária história de amor, conflito, lealdade e traição que se lê compulsivamente. Uma sensual aventura histórica, repleta de emoção, protagonizada por uma heroína apaixonada e irresistível." Com Rosa Rebelde, Janet Paisley resgata das brumas do esquecimento uma das figuras mais emblemáticas da História da Escócia - Anne Farquharson, Lady MacIntosh. Esta verdadeira Braveheart lutou e comandou os seus homens e mulheres contra os ingleses naquelas que se revelaram as derradeiras batalhas pela sobrevivência da cultura escocesa; uma luta não só pela independência mas pela manutenção de uma cultura e de um estilo de vida ancestrais que se viam praticamente aniquilados face ao poderio bélico e político/diplomático da vizinha Inglaterra.
Ao longo do livro não nos deparamos apenas com uma personagem feminina forte e apaixonante, são-nos dados a conhecer usos e tradições, o modo de vida e a força de um povo que acabaria por desaparecer quase na sua totalidade. A escrita é simples e envolvente levando-nos a devorar linha atrás de linha, página atrás de página embora a História já se tenha encarregue de nos revelar o trágico final dos acontecimentos. Para além de de denotar a grande importância que a autora deu à pesquisa histórica relativa aos factos e aos costumes da época, podemos também observar a importância atribuída à pesquisa linguística presente no emprego de várias expressões gaélicas. Embora deva frisar o facto de as descrições do meio envolvente não serem muito ricas ao longo da narrativa tal é altamente compensado com as descrições finais em que a carnificina e a violência imperam. De facto, as cenas que se seguem à derradeira batalha travada entre ingleses e escoceses estão muitíssimo bem conseguidas e levam o leitor a envolver-se de forma particularmente vivida nesta fase da narrativa. Ainda que seja uma história de guerra é altamente marcada pelo amor e amizade que ligam os personagens uns aos outros e lhes dão uma forte consistência. A tradução pareceu-me bastante boa mas com a velocidade a que devorei o livro seria muito difícil encontrar grandes lacunas. No final fiquei com vontade de saber mais acerca dos personagens que marcaram este período histórico, nomeadamente sobre as mulheres escocesas que, ao contrário do uso da época, não se limitavam a ser "parideiras subservientes".
Recomendo vivamente.
8/10
5 comentários:
Que bom, parece que fiz uma boa aposta em comprar este livro! Vamos ver se o consigo ler agora nas férias :)
Parabéns pela excelente opinião!
Há já algum tempo que ando com este livro debaixo de olho. Obrigada pela crítica! ;)
Passando para avisar que tem um prémio no Viajar pela leitura. O prémio "Master Blog"
Abraços
Obrigado meninas, pelo elogio à opinião e pelo prémio.
Bjs
Ena, que bom!
Fiquei com este livro debaixo de olho e conto lê-lo em breve. Adorei ler esta crítica! Obrigada :)
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