Autor: Neil Gaiman
Tradução: Mónica Faerna
Edição: Roca Editorial
Nº de páginas: 304
"Escuchad esta trágica historia: una familia que duerme, un asesino sin compasión y una criatura aventurera, un huérfano que escapa de la muerte. ¿O no?El pequeño escapa del peligro y consigue gatear hasta lo más alto de la colina. Detrás de la valla que se encuentra, existe un lugar oscuro y tranquilo, un cementerio lleno de una vida especial.El niño es recibido allí donde los muertos no duermen y todos los que allí habitan deciden brindarle su protección, porque fuera, tras la valla que separa a la ciudad de sus fantasmas, el asesino vil espera pacientemente. El niño sin padres, sin lugar en el mundo, sin nombre, será acogido por los espíritus amables, que hacen un pacto para protegerlo. Lo llamarán Nadie, porque no se parece a nadie más que a sí mismo. Será Nad para sus “padres”, Nad para sus compañeros de juegos, niños que nunca más crecerán, Nad para su mentor. Y Nadie para el hombre que lo busca para matarlo."
Como muitos dos seguidores deste blog já sabem, não resisto a Neil Gaiman e foi por esse motivo que, apesar de não ler em espanhol há já pelo menos um ano, não consegui deixar de comprar este livro assim que lhe pus a vista em cima. E ainda bem que assim foi.
A escrita de Gaiman é deliciosa, tão simples na sua complexidade tão própria que nos transporta de uma forma única para o universo descrito; as páginas sucedem-se e novos mundos são revelados de uma forma tão imaginativa que a leitura se torna quase mágica.
Neste livro somos apresentados não só a Nadie Owens, uma criança orfã e perseguida por um assassino implacável e misterioso, mas também a toda a comunidade de mortos que habita o velho cemitério no cimo da colina e que acaba por o adoptar e defender dos males do mundo. À primeira vista, um livro para crianças cuja acção se centra num cemitério pode parecer algo tétrico e até incongruente mas, na verdade este livro não é nada assim. A narrativa é tecida de forma tão inteligente e com tanto humor que até as passagens algo mais tristes ou negras se tornam uma verdadeira delícia sendo um erro classificar este volume como literatura infantil ou juvenil. A morte é abordada com tanta alegria que até nos esquecemos da temática, o mundo criado à volta de Nadie, as suas aventuras e desventuras são dignas da melhor adaptação cinematográfica levada a acabo por Tim Burton e os defuntos assumem características tão humanas, sentimentos tão reais que simplesmente deixamos lembrar aquilo que pretendem ser e simbolizar.
Tenho pena de não terem sido explicados e explorados de uma forma mais satisfatória alguns elementos mais, digamos, místicos mas suponho que o público alvo iria achar estes desenvolvimentos de pouca importância e não passariam de um elemento extra que veriam como dispensável. Ainda assim, é um livro simples e extremamente positivo, com um final muito comovente e uma mensagem forte que espero sinceramente poder ver traduzido para o português (quem sabe na colecção Via Láctea que tanto tem apostado neste autor). Enquanto tal não acontece apenas posso recomendá-lo a todos os fãs de Gaiman que o possam ler na versão original ou numa das línguas para as quais já foi traduzido.
9/10
Para a página pessoal do autor carreguem aqui.
3 comentários:
Olá Alice!
Eu só li um de Neil Gaiman, Stardust. Adorei-o... Quero ler os outros. Ele escreve maravilhosamente e é tão fácil entramos nos mundos que ele cria.
Bjinhos*
É verdade Jojo. Eu adoro. temos a sorte de a Presença ter apostado neste autor para integrar a colecção Via Láctea mas quando vejo tudo o que ele já escreveu...sabe a pouco. Quem me dera que fosse mais traduzido para português (o meu inglês anda um bocado selvagem...).
Bjs
Deve ser mto interessante, não conhecia :)
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