A coisa não é normal mas hoje estou aqui para apresentar um pedido de desculpas... Talvez o tivesse escrito noutros termos, se tudo se tivesse passado noutros termos. Mas como a maioria de vocês até já deve ter percebido do que falo e de como a coisa começou... Não vamos deixar ninguém no escuro e vamos lá deixar tudo explicadinho.
Há uns dias publiquei um post no qual disse que, em colaboração com o tradutor e autor Francisco Niebro, ia começar a publicar "Orgulho e Preconceito" em mirandês. Nunca disse que a ideia era minha nem coisa que o valha. No primeiro capítulo publicado, fiz referência ao Jane Austen Portugal onde o leitor pode facilmente constatar que a publicação, por parte daquela equipa, dos ditos capítulos vai muito mais adiantada. Ora, por aqui se via logo que a ideia não era minha nem inédita. E, devo acrescentar, nunca sequer agradeci um comentário que me felicitasse pela iniciativa (a não ser o do tradutor).
Nunca tendo eu dito que a ideia era minha e tendo até deixado aberto caminho para aquele blog foi com alguma surpresa que hoje recebi este comentário:
Nunca tendo eu dito que a ideia era minha e tendo até deixado aberto caminho para aquele blog foi com alguma surpresa que hoje recebi este comentário:
"Cara Alice,
antes de mais, gostava de a felicitar por ter adotado este projeto. É, de facto, uma mais-valia para o mirandês e para todos os leitores que apreciam os romances de Jane Austen e, ainda, para todos os que querem saber mais sobre a língua mirandesa e apostam na sua preservação. Sobre isto, poderá ver o post que publiquei no Jane Austen Portugal: http://janeaustenpt.blogs.sapo.pt/280798.html
Contudo, como autora da ideia da tradução e como co-autora do blogue que foi o berço desta ideia e onde ela deu os primeiros passos, fico triste com a forma como a Alice se apoderou da mesma, tomando-a como sua, esquecendo a sua verdadeira génese. Creio que o seu mérito não seria menor se tivesse feito uma referência digna ao blogue onde nasceu este projeto (o Jane Austen Portugal), em vez de fazer uma simples remissão (em letra reduzida) para a obra da autora - e isto apenas na tradução do primeiro capítulo. Uma pareceria entre os dois blogues seria mais simpática e até frutífera.
Estou, todavia, certa de que não o terá feito por mal ou com essa intenção declarada; mas é a ideia que passa, Alice. Entendo-a mais como entusiamo do que como a intenção referida. Neste mundo dos blogues (onde a Alice está há mais tempo do que eu), também tem que existir ética e esta passa não só pelo que acabo de referir, mas também, por se colocar a fonte de onde se retiram as fotografias. É que desta forma, ganhamos todos.
Pelo que fica dito, venho pedir-lhe o favor de fazer um texto retificativo à apresentação do projeto ou uma correção ao mesmo, remetendo os devidos créditos a quem pertencem (não digo a mim, mas ao Jane Austen Portugal). É um direito nosso e um dever seu."
Muito educado, não ponho isto em causa mas, qualquer blogger que o ler vai pensar imediatamente no mal que se ia sentir ao receber uma mensagem tão simpática como esta. Até porque, falando na ética e na boa-fé, a maioria dos bloggers teria enviado um mail e não um comentário ao qual não temos outro modo de responder sem ser publicando-o. Nenhum de nós gosta de "lavar roupa suja" em público mas não me foi dada outra opção.
Devo portanto pedir desculpa por, inadvertidamente e sem qualquer intenção de prejudicar ninguém, ter omitido que a ideia não era minha. Ou melhor, por não ter dito nada acerca da ideia ter sido seja de quem for. Fica o pedido de desculpas.
Devo pedir desculpa por dar aos meus leitores um link através do qual podem facilmente ver que a ideia não foi pioneira e que não sou a única a publicar este trabalho. Fica o pedido de desculpas.
Devo pedir desculpas porque, na impossibilidade de contactar alguém do Jane Austen Portugal, contactei o tradutor e pedi-lhe para publicar o trabalho dele. Ao que, devo dizer, me respondeu muito simpaticamente que sim. Fica o pedido de desculpas.
Devo lembrar a todos os nossos leitores que, se uma imagem não tem qualquer tipo de referência é porque clicando na mesma vos leva à página de onde a tirei ou, no caso dos livros, a uma página onde podem adquirir o produto. Fica a nota.
Quem me conhece pessoalmente ou apenas por aqui, além de saber que era incapaz de me apoderar do trabalho do outros ou mesmo das suas ideias e dizer que me pertenciam, deve até lembrar-se do episódio do plágio do qual fui vítima. Sinceramente, foi uma coisa inadvertida e que jamais faria intencionalmente, se bem que também não vejo razão para tanto pois, apenas anunciei que iamos publicar o trabalho do Francisco Niebro e nunca disse que a ideia era minha; além do mais, seguindo o link que vos dei, rapidamente tirariam as vossas conclusões e veriam as coisas como elas são. E eu sei que 99% dos meus leitores seguem os links...
Quem me conhece pessoalmente ou apenas por aqui, além de saber que era incapaz de me apoderar do trabalho do outros ou mesmo das suas ideias e dizer que me pertenciam, deve até lembrar-se do episódio do plágio do qual fui vítima. Sinceramente, foi uma coisa inadvertida e que jamais faria intencionalmente, se bem que também não vejo razão para tanto pois, apenas anunciei que iamos publicar o trabalho do Francisco Niebro e nunca disse que a ideia era minha; além do mais, seguindo o link que vos dei, rapidamente tirariam as vossas conclusões e veriam as coisas como elas são. E eu sei que 99% dos meus leitores seguem os links...
Feito tudo o que queriam devo sinceramente pedir desculpas aos nossos seguidores e leitores pelo mal-entendido também por mim causado e que vos fez ter, pela primeira vez neste blog, um episódio deste género (coisa que detesto porque com a dita ética as coisas resolvem-se sem ser tão publicamente e com mais boa-vontade). Sinto-me na obrigação de pedir muito sinceramente desculpas ao Amadeu (Francisco Niebro) que conheço pessoalmente e por quem tenho muito, muito apreço. Deu-me autorização para publicar o trabalho dele e depois... há destas surpresas (também, ainda que inadvertidamente, por minha culpa).
Quanto à publicação de mais capítulos.... já veremos. Tenho autorização do tradutor... não sei é se continuo com vontade.
Quanto à publicação de mais capítulos.... já veremos. Tenho autorização do tradutor... não sei é se continuo com vontade.
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